“QUANDO O ACORDION FALA... CHORA”
EU FEITO DE TECLAS BRANCAS E NEGRAS
COM O MEU FOLEM PARADO SEM PULSAR
MINHAS CORREIAS DE COURO, ESTÃO FROUXAS,
ESTÃO TRISTES
NAÕ EXISTE MÚSICA PARA ME CONSOLAR
FIQUEI ÓRFÃO DOS DEDOS MAGICOS DO MEU SENHOR,
DO SEU APERTO MELÓDICO,
DO SEU ACONCHEGAR MUSICAL,
ESTEJA A ONDE FOR
TÔ COM SAUDADE DE TU MEU MAESTRO,
TÔ COM SAUDADE DO TEU CHEIRO.
DO TEU SUOR
TÔ COM PENA DO MEU CORAÇÃO
TÔ SOZINHO.. EU TÔ SÓ
VÁ COM DEUS MEU MESTRE DOMINGUINHOS,
A MINHA SAUDADE NÃO VAI PASSAR
O SERTÃO DO CÉU... É TODO SEU.
VÁ CANTAR, VÁ CANTAR
EU VOU FICAR AQUI SOZINHO
SOU APENAS UM ACORDION
MINHAS TECLAS NÃO VÃO TECLAR
SOU MATERIA NÃO TENHO ALMA
E AQUI EU VOU FICAR... EU VOU FICAR
Autor: Wilson Feyjão
.José Domingos de Morais nasceu no interior de Pernambuco, na cidade de Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941. Oriundo de família humilde, seu pai, mestre Chicão, era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas. Dominguinhos interessou-se por música desde cedo, começando a aprender sanfona com seis anos de idade, quando ganhou um pequeno acordeão de oito baixos e chegou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro junto com seus dois irmãos, com quem formava o trio Os Três Pingüins. Praticava o instrumento por horas a fio, e logo tornou-se proficiente nas sanfonas de 48, 80 e 120 baixos, e acabou por tornar-se músico profissional ainda garoto.
A sua integração à equipe de músicos de Luis Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico e arranjador e ele aproximou-se de músicos do movimento bossa nova. Fez trabalhos junto a inúmeros músicos de renome, como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elba Ramalho e Toquinho, e eventualmente acabou por consolidar uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop.
Dominguinhos estava internado no hospital Sírio-Libanês
Nenhum comentário:
Postar um comentário