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segunda-feira, 6 de março de 2017

The Weeknd, no Lollapalooza 2017.

                              The Weeknd (Foto: Divulgao)

Canadense de ascendência etíope, Abel Makkonen Tesfaye era ainda um desconhecido quando resolveu lançar, sob o codinome The Weeknd, algumas de suas canções no YouTube, em meados de 2010. Quase instantaneamente, o músico de 27 anos saiu do anonimato e, agora, chega ao Brasil para tocar em uma megaprodução na noite de 26 de março no Lollapalooza, no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Acolhido desde o início da carreira pelo rapper Drake (também canadense), The Weeknd é comparado pelo timbre de voz ao astro pop Michael Jackson e coleciona feitos notáveis para a carreira de um jovem artista. Ele se apresentou na premiação do Oscar 2016 e do Grammy 2017, foi o primeiro artista da história a ocupar as três primeiras colocações da Billboard Hot R&B e tem até uma marca de roupas.

No início da carreira, ainda em Toronto, The Weeknd produziu e distribuiu gratuitamente suas músicas em um EP intitulado “House of Balloons”. O ano era 2011. Com essas faixas, passou a percorrer o Canadá em turnê. Na sequência, surgiram outros dois álbuns: “Thursday” e “Echoes of Silence”. Mas foi com o single “Wicked Games” que o cantor ganhou notoriedade internacional.



The Weeknd tem um estilo próprio, predominantemente marcado pelo r&b, mas também se vale dos estilos hip hop, pop e soul. Com essa síntese, abriu frente para um novo som e conquistou espaço no mercado norte-americano. Os álbuns que vieram depois, “Kiss Land”, de 2013, e “Beauty Behind The Madness”, de 2015, foram os primeiros gravados em estúdio.

Esses dois últimos trabalhos o alçaram a um dos maiores nomes do r&b da atualidade. “Starboy”, seu disco mais recente, lançado em 2016, reúne 18 faixas que variam entre o rap e o pop e evidenciam, mais uma vez, o talento musical e a versatilidade do rapaz. A canção que dá nome ao disco é, na verdade, uma parceria com a dupla Daft Punk. O álbum, aliás, conta com mais um trabalho da dupla, além de participações de Lana Del Rey, Kendrick Lamar e Future.



O novo som do canadense agradou a crítica – “Starboy” chegou a ser definido como o trabalho mais maduro do cantor. A revista digital de música Pitchfork deu nota 6,7 ao álbum – com destaque para a música que dá nome ao disco. A avaliação geral ficou abaixo dos respeitáveis 7,2 que “Beauty Behind the Madness” recebeu e acima dos 6,2 de “Kiss Land”. Já o Metacritic, site que reúne avaliações do mundo todo, atribuiu um escore geral de 7,8 ao disco.

Para dançar no Lolla

A nova turnê, intitulada “Starboy: Legend of the Fall Tour”, foi anunciada no final do ano passado com data de início para 17 de fevereiro, na Suécia. De lá, o cantor parte para países como Alemanha, Inglaterra e Colômbia, antes de aterrissar em solo brasileiro, quando se apresentará no palco do Lollapalooza. O cantor já vem explorando os sucessos de “Starboy” em seus últimos shows nos EUA, mas será na turnê oficial que ele dará ênfase às novas músicas.



Habituado a cantar para plateias gigantescas, suas turnês viraram megaproduções, com staff numeroso, luzes e coreografia. Mas a energia não dura muito: os shows do canadense duram pouco mais de 50 minutos – abaixo da média de outras produções equivalentes. O trabalho da banda, que opera bateria, teclado, guitarra e percussão, também aparece em destaque nas canções com que exploram as batidas eletrônicas e o hip hop.

Durante o show, o público poderá acompanhar as músicas que variam entre ritmos mais sensuais, como “Reminder” e, dentro do possível, românticas, como “True Colors” e “Stargirl Interlude”. Para quem gosta de um som mais agitado, The Weeknd também deve trazer canções como “False Alarm”. Com o garoto das estrelas, o público do Lolla vai cair na dança.

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