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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cinemark, filmes e estréias.





Click na imagem e fique por dentro dos melhores filmes.



FILMES | Estréias


A Entrevista

Gênero: Comédia

Elenco: Seth Rogen, James Franco, Randall Park

Direção: Seth Rogen, Evan Goldberg

Duração: 119 min.

Classificação:16 Anos

Distribuidor: Columbia Tristar




A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte

Gênero: Terror

Elenco: Helen McCrory, Jeremy Irvine, Adrian Rawlins, Oaklee Pendergast, Leanne Best, Shane Salter, Jude Wright

Direção: Tom Harper

Duração: 98 min.

Classificação:14 Anos

Distribuidor: Diamond Filmes




A Teoria de Tudo

Gênero: Drama

Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Charlie Cox, Emily Watson, David Thewlis, Simon McBurney, Charlotte Hope, Harry Lloyd

Direção: James Marsh

Duração: 123 min.

Classificação:10 Anos

Distribuidor: Universal




Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Gênero: Comédia

Elenco: Michael Keaton, Zach Galifianakis, Edward Norton, Emma Stone, Naomi Watts, Andrea Riseborough, Amy Ryan, Lindsay Duncan

Direção: Alejandro González Iñárritu

Duração: 118 min.

Classificação:16 Anos

Distribuidor: Fox Films




Caminhos da Floresta

Gênero: Musical

Elenco: Emily Blunt, Johnny Depp, Anna Kendrick, Chris Pine, Meryl Streep, Lucy Punch, Christine Baranski, James Corden

Direção: Rob Marshall

Duração: 124 min.

Classificação:12 Anos

Distribuidor: Walt Disney




Cássia Eller

Gênero: Documentário

Elenco: Cássia Eller, Nando Reis, Oswaldo Montenegro, Zélia Duncan

Direção: Paulo Henrique Fontenelle

Duração: 113 min.

Classificação:12 Anos

Distribuidor: H2O




Grandes Olhos

Gênero: Drama

Elenco: Amy Adams, Christoph Waltz, Krysten Ritter, Danny Huston, Jason Schwartzman, Terence Stamp, Andrew Airlie, Stephanie Bennett

Direção: Tim Burton

Duração: 106 min.

Classificação:12 Anos

Distribuidor: Paris Filmes




Psicose

Gênero: Suspense

Elenco: Anthony Perkins, Janet Leigh, John Gavin, Vera Miles, Martin Balsam, John McIntire, Simon Oakland,

Direção: Alfred Hitchcock

Duração: 108 min.

Classificação:16 Anos

Distribuidor: ** Outras **




Royal Opera House: O Elixir do Amor

Gênero: Musical

Elenco: Não informado

Direção: Kasper Holten

Duração: 183 min.

Classificação:Livre

Distribuidor: ** Outras **




Super Bowl XLIX - Ao Vivo

Gênero: Ação

Elenco: Não informado

Direção: Não informado

Duração: 240 min.

Classificação:Livre

Distribuidor: ** Outras **




Surfar é Coisa de Rico

Gênero: Documentário

Elenco: Não informado

Direção: Guga Sander

Duração: 80 min.

Classificação:10 Anos

Distribuidor: ** Outras **

No embalo acústico, CPM 22 abrirá 2º noite de shows do Planeta Atlântida


Grupo paulistano de hardcore melódico volta ao festival de música após seis anos; banda se apresenta no sábado (31).



CPM 22 abre maratona de shows do segundo dia do Planeta Atlântida

Seis anos após a última apresentação, o CPM 22 retorna ao Planeta Atlântida em 2015. A banda paulistana está encarregada de abrir a maratona de shows do segundo dia, no festival realizado no Rio Grande do Sul e que chega à 20ª edição em 2015. A novidade agora é a reconstrução em formato acústico de canções de sucesso nos anos 2000 como “Regina Let’s Go” e “Tarde de Outubro”.

“Foi um processo lento e agradável [a reconstrução das músicas], pois elas realmente iam ganhando uma nova cara a cada ensaio. Foram seis meses ensaiando, fazendo a pré-produção, testando vários arranjos e sonoridades”, relembra o baterista Ricardo Japinha ao falar ao Gshowsobre o projeto “Acústico”, lançado pelo CPM 22 em 2013.

O grupo de hardcore paulistano criado em 1995 ruma para a sétima apresentação no festival, a primeira com um “volume mais baixo”. Na época em que o CPM 22 surgiu no cenário da música, o segmento do hardcore melódico era pouco explorado no Brasil. "Acústico" é o primeiro disco desplugado desde a estreia em CD. O álbum tem inéditas, mas o destaque fica por conta das releituras de antigos hits da banda.

“A gravação de um acústico sempre foi algo que pensávamos em fazer, mas na hora certa. Já tínhamos recebido convites, mas seguramos até agora, porque ainda queríamos tocar com guitarras, com velocidade, de pé, “agitando”. Ao mesmo tempo, as composições do CPM 22 sempre nasceram dos violões e a base harmônica e melódica partiam deste formato, o que facilitou para transportarmos as músicas para as cordas desplugadas”, detalha o músico.


CPM 22 lançou disco em formato acústico em 2013, com releituras de hits (Foto: Rafael Kent/Divulgação)

Na véspera do show no Planeta Atlântida, Japinha diz estar feliz por voltar ao festival em um momento diferente da banda. “As lembranças do Planeta Atlântida são sempre muito boas. Por isso temos sempre vontade de voltar. O público, a estrutura, o próprio estado gaúcho, são todos muito propícios e bacanas para se fazer show. O festival é incrível, com certeza um dos maiores do país. No entanto, assim como as rádios e a grande mídia em geral, não estava muito sintonizado com o segmento roqueiro nos últimos anos. Faz parte, mas isto nos deixou com mais saudades e vontade de tocar. Estamos voltando muito animados com este show”, destaca.

Complementando a mensagem enviada aos fãs pelo vocalista Badauí, Japinha também indica o que não deve faltar no setlist do CPM 22. “Temos alguns fãs que me condenariam se cortasse alguma destas: ‘Regina Let´s Go’, ‘Tarde de Outubro’, ‘O mundo dá voltas’, ‘Ontem’, ‘Desconfio’, ‘Dias Atrás’, ‘Não sei viver sem ter você’, ‘Um minuto para o fim do mundo’, ‘Irreversível’, ‘Apostas e Certezas’, ‘Inevitável’ e ‘Vida ou Morte’...”, elenca o baterista.

O Planeta Atlântida chega à 20ª edição em 2015 e será realizado nos dias 30 e 31 de janeiro. No Palco Central, além do CPM 22, estarão também nomes como Ivete Sangalo, Skank, Banda Malta, Gigantes do Samba, Gusttavo Lima, Natiruts, Baile da Favorita, Jota Quest, Armandinho, Comunidade Nin Jitsu e Ultramen. Haverá ainda espaços paralelos de música, como Palco Pretinho, E-Planet e Camarote.

Planeta Atlântida
QUANDO: 30 e 31 de janeiro
ONDE: Saba - Avenida Interbalneários, 413 - Centro - Atlântida - Rio Grande do Sul
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015




Filho do mestre João Nogueira, 
Diogo Nogueira vem trilhando um caminho tão brilhante quanto o do pai. Desde criança Diogo acompanhava o pai nas rodas de samba pelo Rio de Janeiro, ao lado dos bambas do samba e conhecendo mais de perto o universo musical rico que lhe era proporcionado.
Sua estréia para o grande público veio ocorrer somente em 2005, quando na gravação do DvD de homenagem aos 40 anos de carreira de Beth Carvalho, fez o público no Municipal do Rio ir ao delírio ao cantar “O poder da Criação”.
Diogo é um artista versátil. Além dos shows, comanda o programa “Samba na Gamboa”, na TV Brasil. Atualmente, está em turnê com seu segundo DvD, o sucesso de vendas “Sou Eu” que já é Disco de Platina, está na lista dos dez mais vendidos no país e é certeza de casa cheia por onde passar. Sucessos como “Deus é Mais”, “Tô Fazendo a Minha Parte”, “Me Leva”, “Vestibular Pra Solidão” e “Homenagem Ao Malandro”.
Sucesso e talento resumem a história do mais novo “filho do samba”

Beth Carvalho ao vivo no Parque Madureira



Cantora interpreta novas composições e antigos sucessos de sua trajetória. Participação especial de Zeca Pagodinho.


Beth Carvalho ao Vivo no Parque Madureira (2015) (87’) – Após mais de quatro décadas de carreira, Beth Carvalho sobe ao palco para lançar seu novo trabalho. Gravado na Zona Norte do Rio de Janeiro, o espetáculo foi assistido por milhares de moradores do bairro de Madureira.

A sambista contou com as participações especiais da sobrinha Lu Carvalho e de Zeca Pagodinho.

A cantora optou por registrar uma apresentação renovada misturando músicas inéditas e antigos sucessos de sua trajetória. Fazem parte do repertório canções como O Show Tem Que Continuar, Nosso Samba Tá na Rua, Pandeiro e Viola, Senhora Rezadeira, Ô Isaura, Coisa de Pele, Lucidez, Tendência, Se a Fila Andar, Camarão que Dorme a Onda Leva, São José de Madureira, Deixa a Vida Me Levar, Arrasta a Sandália, Parada Errada, Meu Lugar e Caciqueando. Entrando no clima de Carnaval, a intérprete fez também um pot-pourri de marchinhas tradicionais, como Pierrot Apaixonado; Mamãe Eu Quero; Yes, Nós Temos Banana; A Jardineira; Me Dá Um Dinheiro aí; Índio Quer Apito; Marcha do Cordão do Bola Preta e Cidade Maravilhosa.

A banda que acompanha a anfitriã é formada pelo maestro Ivan Paulo, criador dos arranjos e regente dos músicos Carlinhos Sete Cordas (violão de sete cordas), Charlles da Costa (violão de seis cordas), Dirceu Leite (sopros), Fernando Merlino (teclados), Paulinho da Aba (pandeiro), Pirulito (percussão), Márcio Vanderlei (cavaco e banjo), Valtinho (bateria), Beloba (tantã), Álvaro Santos (repique de mão) e Tcha Tcha Tcha (surdo), além das vocalistas Clarisse Grova e Jussara Lourenço.

O show expõe a longa relação da compositora com Madureira. O bairro é considerado o berço do samba carioca e um verdadeiro celeiro de bambas que sedia duas importantes agremiações: a Portela e a Império Serrano. Suas raízes concentram ícones de grande relevância para a história do gênero. A performance traduz a emoção de estar num lugar tão carregado de tradição.
E uma homenagem e  entidade "Zé Pilintra" não foi esquecida.



Segura teu santo, seu moço
Teu santo é de barro
Que sarro dei volta no mundo voltei pra ficar
Eu vim lá do fundo do poço
Não posso dar mole pra não afundar
Quem marca bobeira engole poeira
E rasteira até pode levar
Malandro que sou, eu não vou vacilar
Sou o que sou ninguém vai me mudar
E quem tentou teve que rebolar
Sem conseguir
Escorregando daqui e dali
Malandreando eu vim e venci
E no sufoco da vida foi onde aprendi
Por isso que eu vou
Vou... eu vou por aí
Sempre por aí... esse mundo é meu
E... onde quer que eu vá
Em qualquer lugar... malandro sou eu





Niver Cacique de Ramos

Não poderíamos deixar de registrar o aniversário do "Cacique de Ramos.



Berço do Samba de Raiz e do Partido Alto, o Doce Refúgio teve uma noite memorável, neste domingo (11).

A Família Caciqueana de Bira Presidente, compareceu em massa a Roda de Samba que reuniu cariocas, turistas e artistas, transformando o evento tradicional, em uma grande festa.

Ao som do grupo Quinteto Cacique, o publico se divertiu com enorme entusiasmo, desde às 17h. Encantados com a qualidade musical que o Cacique de Ramos oferece, e que o elegeu como a melhor Roda de Samba da Cidade Maravilhosa.

Mantendo seu prestígio, a Roda de Samba contou com as participações especiais de: Chiquinho Vírgula, Ribeirinho, Flavia Saolli, Rafael Bezerra e Jacob Bonjardim.

Sempre muito bem frequentado, o Cacique de Ramos recebeu ainda, o ilustre jornalista e apresentador do Jornal Nacional, Heraldo Pereira. O jornalista foi convidado por Bira Presidente, e foi ao Cacique de Ramos acompanhado de sua família, que ficaram maravilhados e prometeram retornar.

A Diretoria de Ouro também recepcionou parte do elenco da novela Império, da Rede Globo . Alguns velhos conhecidos da Tribo do Samba, como as atrizes, Leandra Leal e Viviane Araujo, e o ator Ailton Graça, e outros estreantes, como Alexandre Nero, o Comendador, se divertiram e fizeram a alegria do povo.Festa perfeita para comemorar os 54 anos do Cacique de Ramos. Evento especial, contou com D. Orani e sua Trezena de São Sebastião. Os grupos: Voz Ativa e Quinteto Cacique, que receberam convidados ilustres. E o Arrastão da Alegria: MONOBLOCO.


A festa começou ao meio dia, com as benção do arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani e a comitiva da arquidiocese , acompanhados por Padre Omar Raposo e, com a presença da ex-chefe de Polícia Civil e agora deputada estadual no Rio de Janeiro, a delegada Martha Rocha.

Já no inicio do evento chegaram as caravanas turísticas e cariocas, para saborear a feijoada e aproveitar cada segundo da comemoração.

Embalados pelo Grupo Voz Ativa, os sambistas puderam conferir os sucessos de: Marcelo Guimarães, Alex Ribeiro, Gaucha, Roberto Serrão, Nezio Simões e Clemilson Bico Doce, do Império Serrano. Com o Quinteto Cacique se apresentaram: Almirzinho, do Grupo Revelação, Mônica Morete, Gabrielzinho de Iraja, Mosquito, Leandro D’Menor e Carlos Caetano.

No telão, o publico e os convidados assistiram as mensagens deixadas pelo Cacique Maior, Bira Presidente, que não pode participar do evento, por estar cumprindo agenda de shows com o Grupo Fundo de Quintal.

A Diretoria de Ouro ainda festejou mais uma primavera do diretor Ronaldo Felipe, com direito a bolo e parabéns!

Escolhidos por Bira Presidente e sua Diretoria de Ouro para serem os primeiros agraciados com a Comenda Cacique de Ramos 2015, os “sócios” do MONOBLOCO fizeram um show completo que levou o publico ao delírio, com energia e repertório que transformaram a festa dos 54 anos do Cacique de Ramos em um baile de carnaval, repleto de emoção. Um verdadeiro Arrastão da Alegria para saudar a família caciqueana. Além de receberem a Comenda Cacique de Ramos 2015, os “sócios” ainda fizeram fila para tocar as frondosas Tamarineiras e receber o axé da tribo de Bira Presidente.


domingo, 18 de janeiro de 2015

Fundo de Quintal 'Só Felicidade' Vitória e Vila Velha

Fundo de Quintal



O Fundo de Quintal surgiu no dia 20 de janeiro no final da década de 1970 dentro do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, em Ramos, subúrbio da região da Leopoldina, na cidade do Rio de Janeiro.1 A primeira formação do conjunto de samba tinha Almir Guineto, Bira Presidente, Jorge Aragão, Neoci (filho do célebre compositor João da Baiana), Sereno, Sombrinha e Ubirany. Eles se reuniam sempre às quartas-feiras para fazer um som que começou a atrair a atenção de gente importante do mundo do samba. O grupo tocava músicas de grandes sambistas e composições próprias, inovando na maneira de falar do cotidiano e sempre com um ritmo diferente, através da utilização de instrumentos até então incomuns nas rodas de samba, como o banjo com braço de cavaquinho(criado por Guineto), o tantã (criado por Sereno), o repique-de-mão (criado por Ubirany) e o repique-de-anel. Desta forma, foram considerados um dos criadores de um estilo que, posteriormente, influenciou praticamente todas as bandas de pagode, sub-gênero dentro do samba que surgia naquela época.

Em 1978, Beth Carvalho convidou o componentes do Fundo de Quintal para participar de seu disco “Pé no Chão”, produzido por Rildo Hora, que mais tarde viria a produzir vários trabalhos do grupo. Em 1980, a gravadora RGE lançou o primeiro disco do grupo, “Samba é No Fundo de Quintal”, trabalho que foi bem aceito pela crítica musical da época.

Em 1981, deixaram o Fundo de Quintal Almir Guineto, Jorge Aragão (que seguiram suas carreiras solo) e Neocy, que mais tarde viria a falecer. Entretanto, o conjunto ganhou dois novos integrantes:Arlindo Cruz e Walter Sete Cordas.

“Nos Pagodes da Vida” foi o terceiro disco lançado do Fundo de Quintal, no qual se destacaram os sucessos “Caciqueando” (Noca da Portela), “Encrespou o Mar, Clementina” (Walmir Lima e Roque Ferreira), “Enredo do Meu Samba” (Dona Ivone Lara e Jorge Aragão) e “Te Gosto” (Mauro Diniz e Adilson Victor). No ano seguinte, foi lançado o LP “Seja Sambista Também”, que teve como grande sucesso, além da faixa-título, “Castelo de Cera” (de Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. Outras músicas que se destacaram foram “Cabeça Fria” (Sereno), “Cantei pra Distrair” (Tio Hélio), “Toda Minha Verdade” (Wilson Moreira) e “Canto Maior” (Arlindo Cruz, Sombrinha e Dedé da Portela). Em 1985, foi lançado “Divina Luz”, quinto LP do grupo, no qual foram incluídas “Minha alegria” (Luiz Grande), “Chega de Padecer” (Mijinha), “Parabéns pra Você” (Mauro Diniz, Sereno e Ratinho) e o sucesso “Eu Não Fui Convidado” (Zé Luiz e Nei Lopes).Em 1986 é lançado o disco ” O Mapa da Mina ” com os estrondosos sucessos de “Seleção de Pagodes” e ” Só pra Contrariar ” ( Sombrinha , Arlindo Cruz e Almir Guineto “. Em 1987, foi lançado o álbum “Do Fundo do Nosso Quintal”, que contou com as participações especiais de Beth Carvalho, na faixa “Pra Que Viver Assim” (Sombrinha e Adilson Victor), e Martinho da Vila, nas faixas “Mama Lala” (cantiga popular de Angola) e “Clube Marítimo Africano” (dos angolanos Felipe Mukenga e Felipe Zau).

O Fundo de quintal é sucesso Nacional, e responsável direto pelo desenvolvimento do samba, quem passa por debaixo da tamarineira vira sucesso.




Agenda de Shows Fundo de Quintal 2015

VITÓRIA

Fundo de Quintal apresentará dia 23 de Janeiro de 2015 na cidade de Vitória/ES.

VILA VELHA

Fundo de Quintal apresentará dia 24 de Janeiro de 2015 na cidade de Vila Velha/ES.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Historia do Carnaval



Festa popular, o carnaval ocorre em regiões católicas, mas sua origem é obscura. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. Hoje é uma das manifestações mais populares do país e festejado em todo o território nacional.




Conceito e origem. O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.



O termo carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias nos quais, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.


A própria origem do carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.

Período de duração. Os dias exatos do início e fim da estação carnavalesca variam de acordo com as tradições nacionais e locais, e têm-se alterado no tempo. Assim, em Munique e na Baviera (Alemanha), ela começa na festa da Epifania, 6 de janeiro (dia dos Reis Magos), enquanto em Colônia e na Renânia, também na Alemanha, o carnaval começa às 11h11min do dia 11 de novembro (undécimo mês do ano). Na França, a celebração se restringe à terça-feira gorda e à mi-carême, quinta-feira da terceira semana da Quaresma. Nos Estados Unidos, festeja-se o carnaval principalmente de 6 de janeiro à terça-feira gorda (mardi-gras em francês, idioma dos primeiros colonizadores de Nova Orleans, na Louisiana), enquanto na Espanha a quarta-feira de cinzas se inclui no período momesco, como lembrança de uma fase em que esse dia não fazia parte da Quaresma. No Brasil, até a década de 1940, sobretudo no Rio de Janeiro, as festas pré-carnavalescas se iniciavam em outubro, na comemoração de N. Sra. da Penha, crescia durante a passagem de ano e atingia o auge nos quatro dias anteriores às Cinzas — sábado, domingo, segunda e terça-feira gorda. Hoje em dia, tanto em Recife (Pernambuco), quanto em Salvador (Bahia), o carnaval inclui a quarta-feira de cinzas e dias subseqüentes, chegando, por vezes, a incluir o sábado de Aleluia.

Carnaval no Brasil. Nem um décimo do povo participa hoje ativamente do carnaval— ao contrário do que ocorria em sua época de ouro, do fim do século XIX até a década de 1950. Entretanto, o carnaval brasileiro ainda é considerado um dos melhores do mundo, seja pelos turistas estrangeiros como por boa parte dos brasileiros, principalmente o público jovem que não alcançou a glória do carnaval verdadeiramente popular. Como declarou Luís da Câmara Cascudo, etnólogo, musicólogo e folclorista, "o carnaval de hoje é de desfile, carnaval assistido, paga-se para ver. O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado, catucado. Agora não é mais assim, é para ser visto".

Entrudo. O entrudo, importado dos Açores, foi o precursor das festas de carnaval, trazido pelo colonizador português. Grosseiro, violento, imundo, constituiu a forma mais generalizada de brincar no período colonial e monárquico, mas também a mais popular. Consistia em lançar, sobre os outros foliões, baldes de água, esguichos de bisnagas e limões-de-cheiro (feitos ambos de cera), pó de cal (uma brutalidade, que poderia cegar as pessoas atingidas), vinagre, groselha ou vinho e até outros líquidos que estragavam roupas e sujavam ou tornavam mal-cheirosas as vítimas. Esta estupidez, porém, era tolerada pelo imperador Pedro II e foi praticada com entusiasmo, na Quinta da Boa Vista e em seus jardins, pela chamada nobreza... E foi livre até o aparecimento do lança-perfume, já no século XX, assim como do confete e da serpentina, trazidos da Europa. 


O Zé-Pereira. Em todo o Brasil, mas sobretudo no Rio de Janeiro, havia o costume de se prestar homenagem galhofeira a notórios tipos populares de cada cidade ou vila do país durante os festejos de Momo. O mais famoso tipo carioca foi um sapateiro português, chamado José Nogueira de Azevedo Paredes. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foi ele o introdutor, em 1846, do hábito de animar a folia ao som de zabumbas e tambores, em passeatas pelas ruas, como se fazia em sua terra. O zé-pereira cresceu de fama no fim do século XIX, quando o ator Vasques elogiou a barulhada encenando a comédia carnavalesca O Zé-Pereira, na qual propagava os versos que o zabumba cantava anualmente: E viva o Zé-Pereira/Pois que a ninguém faz mal./Viva a pagodeira/dos dias de Carnaval! A peça não passava de uma paródia de Les Pompiers de Nanterre, encenada em 1896. No início do século XX, por volta da segunda década, a percussão do zé-pereira cedeu a vez a outros instrumentos como o pandeiro, o tamborim, o reco-reco, a cuíca, o triângulo e as "frigideiras".

As fantasias. O uso de fantasias e máscaras teve, em todo o Brasil, mais de setenta anos de sucesso — de 1870 até início do decênio de 1950. Começou a declinar depois de 1930, quando encareceram os materiais para confeccionar as fantasias — fazendas e ornamentos –, sapatilhas, botinas, quepes, boinas, bonés etc. As roupas de disfarce, ou as fantasias que embelezaram rapazes e moças, foram aos poucos sendo reduzidas ao mais sumário possível, em nome da liberdade de movimentos e da fuga à insolação do período mais quente do ano.

E foram desaparecendo os disfarces mais famosos do tempo do império e início da república, como a caveira, o velho, o burro (com orelhões e tudo), o doutor, o morcego, diabinho e diabão, o pai João, a morte, o príncipe, o mandarim, o rajá, o marajá. E também fantasias clássicas da commedia dell’arte italiana, como dominó, pierrô, arlequim e colombina — de largo emprego entre foliões e que já não tinham razão de ser, depois que a polícia proibiu o uso de máscaras nos salões e nas ruas... Aliás, desde 1685 as máscaras ora eram proibidas, ora liberadas. E a proibição era séria, bastando dizer que as penas, já no século XVII, eram rigorosíssimas: um proclama do governador Duarte Teixeira Chaves mandava que negros e mulatos mascarados fossem chicoteados em praça pública, e brancos mascarados fossem degredados para a Colônia do Sacramento...
Mas, na década de 1930, muitas daquelas fantasias ainda eram utilizadas, inclusive com máscaras. Entre elas estavam as de apache, gigolô, gigolete, malandro (camiseta de listras horizontais, calça branca, chapéu de palhinha, lenço vermelho no pescoço), dama antiga, espanhola, camponesa, palhaço, tirolesa, havaiana, baiana.

Aos poucos, os homens foram preferindo a calça branca e a camisa-esporte, até chegar à bermuda e ao busto nu, mas isso só depois da década de 1950; as mulheres passaram às fantasias mais leves, atingindo, depois, o maiô de duas peças e alguns colares de enfeite, logo o biquíni, o busto descoberto etc. 




Bailes de carnaval. O carnaval europeu começou, na rua, com desfiles de disfarces e carros alegóricos; e, em ambiente fechado, com bailes, fantasias e máscaras. O carnaval carioca, certamente o primeiro do Brasil, surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. A festa durou uma semana, do domingo de Páscoa em diante, com desfile de rua, combates, corridas, blocos de sujos e mascarados. Outro carnaval importante foi o de 1786, que coincidiu com as festas para comemorar o casamento de Dom João com a princesa Carlota Joaquina. Mas o primeiríssimo baile de máscaras aconteceu em 22 de janeiro de 1840, no hotel Itália, no largo do Rocio, no mesmo local em que se ergueria depois o teatro e depois cinema São José, na praça Tiradentes, no Rio. A entrada custava dois mil réis, com direito à ceia.

No entanto, a voga dos bailes carnavalescos em casas de espetáculos só se generalizou na década de 1870. Aderiram à moda o teatro Pedro II, o teatro Santana, e aí até os estabelecimentos populares entraram na dança, no Skating Rink, o Clube Guanabara, o Clube do Rio Comprido, a Societé Française de Gymnastique, em teatros que se alinhavam ao lado dos bailes públicos, mas em área social selecionada.

O carnaval se alastra: surgem "arrastados" em casas de família, bailes ao ar livre, bailes infantis e os pré-carnavalescos, bailes em circos, matinês dançantes. Afinal, certos bailes ganharam fama nacional e até internacional, realizados em grandes clubes, hotéis ou teatros: em 1908 houve o primeiro dos bailes do High-Life, que chegaram ao fim nos anos 40; em 1918 iniciou-se a tradição do baile dos Artistas, no teatro Fênix; em 1932, o primeiro grande baile oficializado, o do teatro Municipal, abriu caminho para muitos outros; e logo vieram os do Glória, Palácio Teatro, Copacabana Palace, Palace Hotel, Cassino da Urca, Cassino Atlântico, Cassino Copacabana, Quitandinha (em Petrópolis), Automóvel Clube do Brasil.

Em 1935, o Cordão dos Laranjas construiu um salão, em forma de navio, que "atracou" na Esplanada do Castelo, e ali se realizariam alguns dos mais alegres bailes de três ou quatro carnavais. E enquanto o Municipal iniciava concursos de fantasias de luxo (a princípio só femininas, e, depois dos anos 50, masculinas), os bailes que atraíam multidões eram os do Botafogo, Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama, América. Bem familiares em suas primeiras versões, reunindo a sociedade abastada em trajes de gala, foram-se tornando cada vez menos bailes de fantasia. Já não se conseguia dançar, apenas pular, e à casaca e ao smoking juntavam-se o traje-esporte e o mulherio semidespido. E existiam os bailes gremiais como o das Atrizes, o Vermelho e Negro, o dos Pierrôs etc.

Banho de mar à fantasia. Nos bailes, as danças variavam, de polca, lundu e tanguinho a sambas, marchinhas, frevos, jongos e cateretês, com todos os participantes cantando, pulando e "fazendo cordão". Já nos banhos de mar à fantasia, porém, os foliões cantavam a plenos pulmões as músicas de sua preferência e também aquelas que eram divulgadas por discos e nos coretos municipais animados por bandas de música.

Os banhos de mar à fantasia criaram hábito no intervalo entre a primeira e a segunda Guerra Mundial. Os blocos e foliões trajavam fantasias de papel crepom e, após desfilarem nas praias, caíam na água, tingindo-a por horas, pois as fantasias de papel desbotavam fortemente. Havia, é claro, outro traje de banho, normal, sob aqueles carnavalescos e efêmeros.

Batalha de confete e corsos. O confete, a serpentina e o lança-perfume — os três elementos que, entre o início do século e a década de 1950 animaram o carnaval brasileiro de salão — também cooperaram para o maior êxito dos corsos que deram vida ao carnaval de rua. E neste, as batalhas de confete constituíam o momento culminante. A moda do corso, iniciada timidamente logo após a chegada dos primeiros automóveis, atingiria seus momentos de glória entre 1928 e a década de 1940. Consistia o corso numa passeata carnavalesca de carros de passeio conversíveis, de capota arriada, enfeitados de panos coloridos e bandeirolas, conduzindo famílias ou grupos de foliões que se sentavam não só nos assentos mas também sobre a capota arriada, sobretudo as moças fantasiadas de saias bem curtas, cantando ou jogando serpentinas e confetes nos pedestres, que se amontoavam nas beiras das calçadas para vê-las passar.

Essa gente motorizada brincava também com os ocupantes dos carros vizinhos e, por vezes, com os veículos rodando lentamente, emendavam o cortejo atirando montes de confete e milhares de metros de serpentina que enlaçavam os carros e se acumulavam no asfalto das avenidas a cada noite. O lança-perfume também era usado em profusão, enquanto a confraternização com os pedestres se ampliava não só através dos jatos de lança-perfume — o que abria caminho para conhecimentos mais íntimos, namoricos etc. — como também de caronas momentâneas na disputa de músicas entoadas por uns e por outros. Cada cidade possuía seu local de corso, e o do Rio de Janeiro ocorria, principalmente, na avenida Rio Branco (antiga avenida Central), mas a certa altura, em vários carnavais o corso se prolongava à avenida Beira-Mar, atingindo o Flamengo e Botafogo até o Pavilhão Mourisco, no final da praia.

Quase conseqüência do corso — que desapareceu com o advento das limusines e carros fechados — as batalhas de confete ocorriam em locais determinados que possuíssem torcidas bairristas organizadas ou blocos fortes para desenvolver a disputa — uma competição de canto, dança na rua e corso (nem sempre). Nas semanas ou meses que antecediam o tríduo de Momo, essas torcidas ou blocos organizavam as festas em que se gastavam quilos de confete e serpentina, litros de lança-perfume, e em que se dava a disputa entre as preferidas de cada agremiação. Tais batalhas se prolongavam, às vezes, até o amanhecer, algumas superando a empolgação dos dias de carnaval "legítimo". Pois ali se exibiam os blocos, os ranchos e os foliões avulsos.

Blocos, ranchos, grandes sociedades. No carnaval de rua era comum o "trote" e os blocos de sujos. O encontro de blocos resultava, às vezes, em batalhas campais de sopapos. Nos desfiles, entre os anos 1919 e 1939, destacavam-se os tradicionais ranchos, que desfilavam às segundas-feiras. Havia ainda as grandes sociedades, com seus carros alegóricos, repletos de mulheres bonitas, alegorias mitológicas, históricas e cívicas; carros de crítica política encerravam, no fim da noite de terça-feira gorda, os festejos. Tais agremiações se chamavam Tenentes do Diabo, Pierrôs da Caverna, Clube dos Democráticos, Fenianos, Congresso dos Fenianos, Clube dos Embaixadores etc.

A grande concentração popular se fazia na avenida Rio Branco, da Cinelândia até a rua do Ouvidor. A classe média alta preferia as imediações do Jóquei Clube, entre a avenida Almirante Barroso e a rua Araújo Porto Alegre. Alguns levavam seus próprios assentos, cadeiras e banquinhos, mais tarde substituídos por palanques e arquibancadas montados pela prefeitura. A segunda-feira era célebre não só pelo desfile de ranchos — que usavam fogos de artifícios coloridos –, mas também porque os freqüentadores do baile do Municipal eram observados pelo populacho, que ia admirar-lhes as fantasias. A Galeria Cruzeiro, hoje edifício Av. Central, era o ponto focal do trecho entre a rua São José e a avenida Almirante Barroso, a área de maior animação dos carnavalescos tradicionais, que cantavam e dançavam ao som das músicas lançadas nos palcos dos teatros de revista e nas emissoras de rádio.

Escolas de samba. As "escolas de samba" nasceram de redutos de diversão das camadas pobres da população do Rio de Janeiro, em sua quase totalidade negros. Reuniam-se para cultivar a música e a dança do samba e outros costumes herdados da cultura africana, e quase sempre enfrentavam ostensiva repressão policial. Para a formação desses redutos contribuiu decisivamente a migração de populações rurais nordestinas, que, atraídas para a capital em fins do século XIX, introduziram um mínimo de organização e de sentido grupal ao carnaval carioca, até então herdeiro do entrudo português.



No entanto, a denominação "escola" só vai surgir em 1928, com a criação da Deixa Falar, no bairro do Estácio. Ismael Silva (1905-1978), seu fundador, explicava o termo como decorrência da proximidade da Escola Normal, no mesmo bairro, o que fazia os sambistas locais serem tratados de "professor" ou "mestre". Posteriormente surgem diversas outras escolas, entre as quais Portela, Mangueira e Unidos da Tijuca. No começo, pouco se distinguiam dos blocos e cordões, com ausência de sentido coreográfico e sem qualquer caráter competitivo. Com o tempo, transformam-se em associações recreativas, abertas, cuja finalidade maior é competir nos desfiles carnavalescos, transformados em atração máxima do turismo carioca. De tal forma agigantam-se, que seus encargos — a partir da década de 1960 — equivalem aos de uma empresa, o que as obriga a funcionar por todo o ano, promovendo rodas de samba e "ensaios" com entrada paga, maneira de amenizarem os gastos decorrentes da preparação dos desfiles.

Com a oficialização dos desfiles, a partir de 1935, as escolas passam a receber subsídios da prefeitura, transformando-se, a partir de 1952, em sociedades civis, com regulamento e sede, elegendo periodicamente suas diretorias, inclusive um diretor de bateria, que comanda os instrumentos de percussão, e um diretor de harmonia, responsável pelo entrosamento de canto e orquestra. A escola desfila precedida de um abre-alas (faixa que pede passagem e anuncia o enredo) e da comissão de frente (dez a quinze sambistas, representando simbolicamente a diretoria da escola). A seguir, pastoras (antigas dançarinas dos ranchos), fazendo evoluções; mestre-sala e porta-bandeira; destaques; academia (coro masculino e bateria). O restante divide-se em alas, geralmente com coreografias especiais, e carros alegóricos. Apresentam sempre um tema nacional — lenda ou fato histórico — expresso no samba-enredo, base de todo o desfile.

Até 1932, quando foi organizado o primeiro desfile, as escolas limitavam-se a percorrer livremente as ruas, acompanhadas por populares. Naquele ano, o jornal Mundo Esportivo organizou um desfile na praça Onze, de que participaram dezenove escolas, saindo vitoriosa a Estação Primeira de Mangueira. No ano seguinte o número de concorrentes subiu para 29 e o desfile foi promovido pelo jornal O Globo, saindo vitoriosa novamente a Mangueira. Em 1934, ano em que foi fundada a União Geral das Escolas de Samba, a competição foi realizada no dia 20 de janeiro, em homenagem ao prefeito Pedro Ernesto, e a Mangueira alcançou o tricampeonato. 



O interesse em fomentar a competição com atração turística começou em 1935, quando o certame foi apoiado pelo Conselho de Turismo da Prefeitura do então Distrito Federal, obtendo a Portela sua primeira vitória, ainda com o nome de Vai Como Pode. A partir daí, já estabelecido como promoção oficial do carnaval carioca, o desfile foi realizado sem interrupção, exceto nos anos de 1938 e 1952, quando as chuvas impediram a promoção.

O modelo se estendeu a todas as capitais brasileiras, excetuando-se duas: Salvador da Bahia e o conjunto Recife-Olinda, em Pernambuco. 



Carnaval de Pernambuco e Bahia. O carnaval pernambucano, especialmente em Olinda e Recife, é um dos mais animados do país, e essa característica cresceu paralelamente à extinção do carnaval de rua na maior parte das cidades brasileiras, por causa do desfile das escolas de samba. As principais atrações do carnaval pernambucano — cujos bailes também são os mais animados — são, na rua, o frevo, o maracatu, as agremiações de caboclinhos, a imensa participação popular nos blocos (reminiscências modernizadas dos antigos "cordões") e os clubes de frevo. Em Recife e Olinda os foliões cantam e dançam, mesmo sem uniformes ou fantasias, ao som das orquestras e bandas que fazem a festa. Os conjuntos de frevo mais animados são os Vassourinhas, Toureiros, Lenhadores e outros.

Lembrando, pela cadência, os velhos ranchos, os maracatus estão ligados às tradições afro-brasileiras. Já os caboclinhos constituem outro tipo de agremiação folclórica, cujos desfiles são apenas vistos e aplaudidos.

A outra cidade em que a participação popular é costumeira, e onde todos cantam, dançam e brincam é Salvador. Uma invenção surgida na década de 1970 e que, à diferença do frevo, conseguiu contagiar outros estados e cidades, foi o trio elétrico — um caminhão monumental no qual se instalam aparelhos de som, equipados com poderosos alto-falantes que reproduzem continuamente as composições carnavalescas gravadas. Há ainda, como em Recife e Olinda, muitos populares que improvisam fantasias simples mas também adotam a postura galhofeira e vestem os disfarces de cinqüenta ou cem anos atrás. Tudo isto traduz bem o espírito momesco irreverente que impele a multidão à descontração total.

Músicas de carnaval. Durante o império, as músicas cantadas no período carnavalesco, no Brasil, eram árias de operetas, depois lundus, tanguinhos, polcas e até valsas. No início do século XX, predominaram, nas ruas, as cantigas de cordões e ranchos e, nos bailes, chorinhos lentos, polcas-chulas, marchas, fados, polcas-tangos, toadas e canções. Logo após a primeira guerra mundial, os palcos dos teatros-de-revista tornaram-se os lançadores das músicas de carnaval e iniciou-se, então, o domínio das marchinhas, maxixes, marchas-chulas, cateretês e batucadas. E também do samba, que, na era do rádio, entre 1930 e 1960, dividiu os louros com a marchinha, embora às vezes cedesse ao sucesso de um jongo, de uma valsa ou de uma batucada. O samba, nos salões e na rua, era absoluto. Mas desde fins do decênio de 1960, com a consolidação do desfile das escolas de samba, o samba e a marcha mergulharam no ostracismo, trocados pelo samba-enredo das escolas de samba.