O aniversário de 105 anos de Cartola foi celebrado pelo grupo samba Lei nesta sexta-feira (11), às 19h, na Pedra do Sal. O grupo á dedicou um set ao compositor Angenor de Oliveira, o “Cartola”, autor de alguns dos maiores clássicos do samba brasileiro.
Nascido no bairro do Catete, por conta de questões financeiras teve que se mudar com a família para o Morro da Mangueira, local onde inicio sua história com a música. No novo bairro, fez amizade com Carlos Cachaça, parceiro na boemia, na malandragem e no samba.O apelido não nasceu dessa parceria, mas de um habito rotineiro de utilizar chapéu no trabalho que realizava na construção civil .
Em 1928, criou com amigos do morro o Bloco dos Arengueiros, que depois se tornaria a Estação Primeira de Mangueira. Já conhecido como compositor, dois anos depois teve seus sambas gravados por cantores de renome como Araci de Almeida, Carmen Miranda e Francisco Alves. Na década seguinte, contudo, desapareceu e suspeitou-se até de que havia morrido.
O sambista foi reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto, conhecido como Stanislaw Ponte Preta – criador das famosas Certinhas do Lalau -, que reconheceu Cartola trabalhando como lavador de carros em Ipanema. Solidário com a situação do músico, Porto foi o grande responsável pela ascensão do compositor. Ele os levou para programas de rádios, recolocou na imprensa e o ajudou a dar novo impulso na carreira.
Somente a partir de 1974, aos 66 anos, é que Cartola começou a gravar os seus próprios discos. Ao todo, foram seis álbuns oficiais. Assim, eternizou clássicos como “As Rosas Não Falam”, “O Mundo é um Moinho”, “Acontece”, “Quem Me Vê Sorrindo” e outras músicas. Em busca de paz e sossego, deixou o Morro da Mangueira no final de década de 70 para morar em Jacarepaguá, onde viveu até sua morte, no dia 30 de novembro de 1980.
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