radio verdade

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Há 15 anos o Linkin Park comandava a onda new metal com o lançamento de “Hybrid Theory”


O ano era 2000 e uma nova onda tomava conta dos jovens 

que já tinham um pézinho ali no rock. Adolescentes que 

queriam ter seus dilemas, problemas e frustrações ouvidas.
Os outros estilos de metal não estavam lá, muito em alta, 

com o Metallica lançando discos “duvidosos” – eu gosto 

deles -, e o Iron Maiden meio conturbado assinando a volta 

de Bruce Dickinson e Adrian Smith para retomar os templos 

de glória. Isso só para citar os maiores.
Tudo isso contribuiu para que o new metal crescesse na 

cabeça da molecada, ao mesmo tempo que eram 

hostilizados pelos 

true fuckin’ metal do rolê.
Mas nada disso impediu a explosão des bandas como 

System of a Down, Deftones, Korn, Limp Bizkit, Slipknot e 

muitas outras que estava aparecendo na cena e 

encabeçando Ozzyfest’s por aí.
O Linkin Park ainda era um embrião durante o final dos anos 
90, quando as bandas citadas já faziam muito barulho e 

moldavam o estilo.
Com uma mistura de rap, hip hop, batidas eletrônicas e 

vocais rasgados o grupo finalmente era aceito por uma 

grande gravadora e preparava seu álbum de estreia depois 

de ralar um bocado.
Hybrid Theory não era um álbum e sim o nome da banda, 

mas por problemas de registro eles o mudaram para Linkin 

Park e o mantiveram como nome do seu primeiro registro.
Um passo mais perto do limite
Quase um mês depois do lançamento de “Hybrid Theory”, o 

Linkin Park divulgava seu primeiro singleOne Step Closer

A música fez relativo sucesso e seu clipe foi mostrado 

bastante na MTV 2, dedicada basicamente a música 

alternativa e bandas novas, mas não foi lá esse sucesso

todo, apesar de eu achar o clipe bem legal e a música 

também! O Linkin Park fechou seus shows durante anos 

com essa faixa, o que fazia explodir cada lugar que eles 

tocavam com os gritos agonizantes de “Shut up when I talk

to you… Shut up!”. PS: eu gostava tanto dessa música que

 ela era a única que a gente tocava na minha finada banda. 

Detalhe: eu era o vocalista, imagina a tosqueira. Mas era

 muito divertido!
 A explosão Linkin Park
No ano seguinte, já com certa exposição, mas sem emplacar

 uma música que realmente chamasse a atenção do mundo, 

o Linkin Park lança o segundo single de “Hybrid Theory” e aí 

que a coisa toda vem abaixo. Crawling tomou de assalto a 

MTV e as rádios brasileiras e seu clipe, até hoje é um dos 

melhores do grupo. A faixa fez a banda vencer o Grammy

 de Melhor Performance Hard Rock (?). O Linkin Park

 fincava a bandeira e se tornava o dono do new metal. PS: a

 moça do clipe é maravilinda.
single injustiçado
Ainda em 2001 o Linkin Park emplacaria 

outro singlePapercut, música de abertura do seu debut,

 mas que na minha opinião foi, um tanto quanto, injustiçada.

 Lembro-me que em diversas conversas que tive na época, a

 galera não era lá muito chegada nela não. Até hoje eu

 continuo achando uma música muito legal e o clipe com

 certeza entra no meu top 5 dos caras. Também me lembro 

de ver o clipe pouquíssimo na TV.


O fim de uma era
A derradeira carta na manga de Chester, Mike, Rob, Dave,

 Joe e Brad explodiu no mundo, o mundo, nossas cabeças e

 tudo mais que via pela frente. In The End arrebentou nas 

rádios, na MTV, no Raul Gil (brinks!) e poutaquepariu que 

música minha gente, que música! Lembro que o teclado

 inicial da faixa já era motivo pra subir o volume da TV e do

 rádio, infernizando os vizinhos. Nível minha mãe dizer, na 

época: “Nossa, você só ouve isso?” – É, desculpa, só. PS:

 No colégio um amigo aprendeu a tocar In The End no violão

 e eu fazia os vocais rimados do Mike enquanto outro amigo

 fazia os do Chester. Tosqueira divertida número 2. In The

 End marca o fim de uma era. Depois dela o Linkin Park se

 tornou imenso e nessa pegada iria se preparar para lançar

 um álbum que faria jus ao monstro que havia se tornado. Mas isso é papo pra depois
“Hybrid Theory” é, sem dúvida, um dos discos da minha vida.

 Linkin Park foi uma das minhas bandas preferidas, hoje está

 longe de ser, mas marcou uma época muito legal e

 importante na minha “estrada”. Fez parte de bons

 momentos, me lembra pessoas toda vez que escuto ou

 vejo, o que acontece até hoje.
Ainda que muitas mudanças rolaram desde então, o Linkin

 Park será sempre, pra mim, uma banda muito especial, por

 tudo isso que falei aí. O primeiro show deles aqui, em 2004,

 foi a minha estreia em matéria de acordar 15h antes de um

 show para tentar pegar o melhor lugar. Lembro-me do

 pandemônio que foi aquele sábado. O bairro estava tomado

 por fãs, você via rodas de gente cantando, o clima era

 incrível. Nisso, o público brasileiro é gênio, fantástico, seja

 por qual banda ou artista for. Chega a emocionar só de

lembrar. Alí eu comecei uma caminhada na música que,

 bem, se você está lendo isso ou acompanha o site e meus

 outros projetos, sabe no que deu.

Não adianta. Muita gente nega, renega, dá chilique, mas 

new metal teve sua parcela de “culpa” na história do rock e

 isso se deu muito, mas MUITO, por conta de “Hybrid

 Theory”. Chora mais que tá pouco.

A explosão do Linkin Park foi um misto de muitas coisas:

 garotada esperando uma banda que não falasse de

 demônios, mortes e etc – num tô falando que é ruim, mas

 que a galera da época tava enjoada ou isso não lhes dizia

 absolutamente nada -, a ausência de grandes discos (não

 de grandes bandas), um novo movimento chegando e por aí

 vai.
É isso aí, “Hybrid Theory” merece sempre ser lembrando. Foi

 um dos grandes discos da década de 2000, ditou

 tendências e até hoje é atual, implacável e verdadeiro.
Menção honrosa
Uma das músicas que eu mais gosto desse disco é Pushing

 me Away

. Merecia ser single, merecia um clipe, merecia mais e por

 isso me coloco no direito de publicar aqui uma versão ao

 vivo dela, linda, tocante e de arrepiar. Fim.
Fonte;rocknoize

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