O gênero, conhecido como 9ª arte, agrada crianças e adultos. Uma pesquisa realizada recentemente, com alunos de escolas públicas de São Paulo, apontou que as histórias em quadrinhos são o tipo de leitura preferido dos pequenos. E, ainda, ajudam os leitores a se aproximar de outros tipos de literatura.
Então no dia 30 de janeiro de 1969 o cartunista Angelo Agostini publicou a primeira história em quadrinhos brasileira, As Aventuras de Nhô Quim (Impressões de uma viagem à corte), e a partir de 1984 passou-se a comemorar a data como o dia nacional dos quadrinhos.
No Brasil, a história em quadrinhos de mais sucesso é a Turma da Mônica.
Criada por Mauricio de Sousa, em 1959, a produção abocanha 86% do mercado nacional. Fora daqui, a turma também tem sua participação: 40 países, com 14 idiomas, vendem seus gibis e outros produtos licenciados.
Mauricio de Sousa é sem sombra de dúvida o maior cartunista brasileiro voltado para o mundo infanto-juvenil, mas que agrada também os adultos e criador da famosa "Turma da Mônica". Mauricio nasceu no dia 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel, São Paulo, filho do barbeiro Antônio Mauricio de Sousa e da poetisa Petronilha Araújo de Sousa e deve ter herdado de sua mãe o gosto pela arte.
Apesar de nascido na cidade de Santa Izabel, o pequeno Mauricio passou grande parte de sua infância em Mogi das Cruzes, quando sua família se mudou para lá pouco tempo depois de seu nascimento. Mais tarde vieram para a Capital de São Paulo, onde Mauricio começou a estudar no externato São Francisco e depois em outros colégios. Tempos depois dividia os estudos com trabalhos diversos, inclusive fazendo algumas ilustrações para o jornal da cidade de Mogi, pois tinha um talento especial para desenhos e isso passou a ser o seu grande sonho.
Na Capital de São Paulo começou a trabalhar como repórter policial no jornal Folha da Manhã onde permaneceu por quase cinco anos, mas entre uma matéria e outra continuava a dedicar-se ao desenho e mostrá-las aos amigos que trabalhavam com ele no jornal, o que lhe proporcionou a abertura de uma oportunidade para editar algumas tiras para o jornal. Bidu e Franjinha foram as suas primeiras tiras a começar a circular através do jornal em 1959.
Com o decorrer do tempo, Maurício foi criando outros personagens como o Cebolinha, Chico Bento e outros e também iniciou a publicação do tablóide semanal do personagem Horácio, Raposão e não parou mais. Em 1963, Mauricio criou juntamente com a jornalista Lenita Miranda de Figueiredo, outra personagem denominada Tia Lenita, que passou a ser apresentada dentro de um encarte do jornal chamado "Folhinha de São Paulo" e neste mesmo ano também era criado o seu personagem mais famoso: a Mônica, inspirada em sua filha.
Outros personagens também surgiram por inspiração de seus filhos e também de seus amigos de infância como Nimbus, Do Contra, Maria Cebolinha, Magali, Marina. Sendo pai de dez filhos, Mauricio teve inspiração de sobra para criar os seus personagens. Quando a Mônica foi lançada em 1970 ela chegou a incrível cifra de 200 mil exemplares (não esqueça que estamos falando em termos de Brasil). Dois anos depois chegava às bancas a revista Cebolinha e assim sucessivamente outros personagens que foram publicadas pela editora Abril.
Na década de 80, Maurício presenciou a invasão no mercado brasileiro dos animes japoneses e com isso acabou perdendo bastante de seu mercado, pois naquela época ele ainda não tinha nenhum produto televisivo. Pensando nisso, Mauricio fundou o estúdio de animação "Black & White" e nela criou uma grande equipe que projetaram oito longas-metragens para reconquistar o mercado, mas tudo isso aconteceu num péssimo momento da nossa história, pois o Brasil passava naquele momento por uma inflação galopante, sem contar com a lei de reserva de mercado da informática que impedia qualquer tipo de modernização para fazer frente aos novos produtos.
Diante disso, não restou outra opção senão a de retornar as histórias em quadrinhos, pelo menos até que a situação econômica brasileira melhorasse. Em 1987as revistas em quadrinhos passaram a serem publicadas pela editora Globo, em conjunto com o estúdio Mauricio de Souza.
Pouco a pouco a conjuntura nacional começou a melhorar e as histórias de Mauricio começaram a ultrapassarem fronteiras e ser conhecida fora do Brasil, além disso, suas obras começaram a ser adaptadas para o cinema, televisão, videogames e licenciamentos para diversos produtos utilizando marcas com os seus personagens. Também foi criado um parque temático da Turma da Mônica denominado o Parque da Mônica, que fica no Shopping Eldorado, na Capital de São Paulo, além de outro em Curitiba e Rio de Janeiro.
Em 2007, todos os títulos da Turma da Mônica passaram para a multinacional Panini, que na época também possuía os direitos sobre as publicações dos super-heróis da Marvel e DC Comics. Ainda neste mesmo ano, Mauricio de Souza recebeu homenagens pela escola de samba, Unidos do Peruche, que cantou o samba enredo "Com Mauricio de Sousa a Unidos do Peruche abre alas, abre livros, abre mentes e faz sonhar".
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Outro cartunista que ajudou a difundir a 9ª arte no Brasil foi Ziraldo, pai do Menino Maluquinho e de mais dezenas de personagens. Em 1960, o desenhista lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, A Turma do Pererê. A publicação trouxe outra novidade: foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil.
Assista ao programa Caminhos da Reportagem que presta tributo aos 80 anos de Ziraldo:
Gibis Inesquecíveis
Ziraldo inovou lançando a primeira revista em quadrinhos totalmente colorida feita no Brasil e escrita por um só autor: A Turma do Pererê.
Quem ai nunca leu uma história em quadrinhos? É praticamente impossível, pode ser de super heróis, infantis, romances, tem para todos os gostos. Hoje em dia tudo é muito influenciado pelas outras culturas, o mangá é muito popular e influenciou em vários quadrinhos clássicos da nossa infância, além da turma da Monica temos também a Luluzinha Teen .
O AMIGO DA ONÇA
Criação máxima do Cartunista Péricles, o Amigo da Onça foi um dos personagens mais populares do Brasil nas Décadas de 40 e 50. Inspirado numa piada popular daqueles idos, a expressão 'Amigo da Onça' , graças ao sucesso do personagem, tornou-se sinônimo de 'alguém em quem não se pode confiar'. As charges do personagem começaram a ser publicadas em Outubro de 1943, durante 17 anos, na Revista Semanal O Cruzeiro. O personagem colocava seus 'coadjuvantes' sempre nas mais embaraçosas situações, com seu cinismo e sátira. Essa edição, lançada pela Editora Nanica com a intenção de se tornar bimestral, acabou virando um item de colecionador, pois não passou do nº1. E, além das Charges e Pôster 'amigo', a piada que inspirou a criação do personagem e uma rara história em quadrinhos.E, aproveitando o oportuno gancho: Nessas eleições, não vote no Amigo da Onça!
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