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domingo, 21 de junho de 2015

Alice e Estrela embalaram a noite de sexta na Feira do Livro de Canoas RS


Alice Ruiz e Ricardo Silvestrin falaram sobre poesia na Feira do Livro de Canoas

A grande atração da noite de sexta-feira (19) dentro da 
programação da 31ª Feira do Livro de Canoas foi a 
presença da escritora Alice Ruiz, seguido do pocket show de
sua filha Estrela Leminski, acompanhada do marido, Téo 
Ruiz e o do flautista e compositor Bernardo Bravo. Com 
mediação do poeta Ricardo Silvestrin, Alice falou sobre 
como foi introduzida na poesia e foi provocada por Silvestrin 
a definir o que é poesia. "Eu não sei o que é poesia. Eu sei 
que não é poesia", respondeu prontamente a escritora que 
foi casada com um dos maiores nomes da poesia nacional, 
Paulo Leminski. Alice comentou que não era muito dada à 
poesia, na realidade até não gostava, mas tudo mudou 
quando conheceu a obra de Mario Quintana. "A identificação
 com Quintana foi imediata, ele quebrava completamente
 aquele tipo de elaboração. Ele coloquializou a poesia", disse
 a escritora que, curiosamente, realizou sua primeira oficina 
de haicai na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto 
Alegre. "Ali descobri para o que nasci".
Ricardo Silvestrin, amigo de muitos anos de Alice, conduziu 
a conversa para os questionamentos estéticos do trabalho 
da escritora. Avessa à rótulos, Alice disse que nunca se 
preocupou em estar inserida nessa ou em outra corrente.
 "Nunca tive a intenção de ocupar um lugar em tal corrente 
literária. Nunca me senti uma poeta concreta. Essas coisas
 foram meio que acontecendo. Simplesmente se apossou de
 mim e, desde aquele momento, eu passei a ler teoria sobre 
poesia, ler vários poetas. A gente tem que se especializar, 
trabalhar, não pode ficar só naquela de esperar o passarinho
 pousar no ombro", refletiu Alice. No final, Alice falou sobre a 
coragem de ser poeta e que uma das funções da poesia é 
quebrar regras.
O pocket de Estrela
Logo depois, a filha Estrela Leminski, acompanhada do
 marido Téo Ruiz e do flautista, compositor e produtor 
cultural Bernardo Bravo, assumiram o palco para mostrar um
 trabalho calcado nas parcerias poéticas e musicais do pai 
com vários outros compositores e no trabalho autoral. Entre
 histórias sobre o pai levadas com muito bom humor, Estrela 
contou que, por mais estranho que pareça para os que
conheceram Paulo Leminski, ele gostava mesmo era de
 punk rock e de ver filmes de faroeste. Estrela trouxe
 canções como "Sei dos Caminhos", "Hoje é tão Bonito", 
parceria de Paulo com Edvaldo Santana e Fortuna;
"Saudade", de Estrela e Anelise Assumpção, filha de Itamar 
Assumpção; além de "Navio" e "Será", da fase mais recente 
de Estrela

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