Entre as atrações musicais, o pocket show do Duo 156 cordas, formado pelo músico tunisiano Raouf Jemni e o brasileiro Cláudio Kairouz, que se juntam ao violonista Junior Pita na noite do dia 29. O objetivo é traçar paralelos entre a música árabe e a latina, a partir de um repertório que tem música clássica da região, além de valsa, flamenco, tarantela, samba e baião.
Os documentários “Karama não tem muros” e “Yema” são, respectivamente, os responsáveis por abrir e fechar o programa. O primeiro aborda a vida de dois pais de família em meio a repressão violenta aos protestos de 2011, quando atiradores pró-governo assassinaram brutalmente 53 pessoas e deixaram milhares de feridos no Iêmen.
Já o segundo se passa no interior da Argélia, onde, em uma pequena casa isolada, uma mãe precisa enterrar seu filho Tarik, um militar. Ela suspeita que seu outro filho, Ali, líder de um grupo extremista islâmico, o tenha assassinado.
A mostra apresenta um panorama social, cultural e político dos países árabes e da região do Oriente Médio e traz, ainda, importantes personalidades do cinema árabe contemporâneo. Como celebração pelo 10º aniversário, a programação contempla filmes que tematizam a relação do cinema com outras manifestações artísticas, como a música, a literatura e o teatro.
Realizada pelo Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), esta edição será a maior já realizada, com uma programação de mais de 30 filmes e diversas atividades abertas ao público. Referência como evento cinematográfico, a Mostra Mundo Árabe de Cinema consagra-se em 2015 como evento internacional, aproximando o público da produção cinematográfica do mundo árabe e de outros países que abordam a temática árabe, como produções europeias e latinas. A Mostra vem, ano a ano, contribuindo para dialogar com a sociedade brasileira e mostrar uma parte considerável da cultura árabe para esse público.
Ficha Técnica
Idealizadora: Soraya Smaili
Direção e Curadoria: Geraldo Adriano Godoy de Campos
Produção Executiva: André Albregard
Assistência de Produção e prestação de contas: Christina Tsutsumi
Estagiário: Pedro Piovan
Colaboração: Gabriel Bonduki e Heloísa Abreu Dib Julien
Criação e Design Gráfico: Margem e Beto Galvão
Assessoria de Comunicação: Ana Paula Rogers
Edição do Catálogo: Arturo Hartmann
Traduções de legendas: Regiane Capalbo
Traduções para o árabe: Alaa Karkouti e Salem Nasser
Legendas: Quatro Estações e Video Trade
Webdesign: Vinícius Prado e Cleyton de Castro
Entre as atrações musicais, o pocket show do Duo 156 cordas, formado pelo músico tunisiano Raouf Jemni e o brasileiro Cláudio Kairouz, que se juntam ao violonista Junior Pita na noite do dia 29. O objetivo é traçar paralelos entre a música árabe e a latina, a partir de um repertório que tem música clássica da região, além de valsa, flamenco, tarantela, samba e baião.
Os documentários “Karama não tem muros” e “Yema” são, respectivamente, os responsáveis por abrir e fechar o programa. O primeiro aborda a vida de dois pais de família em meio a repressão violenta aos protestos de 2011, quando atiradores pró-governo assassinaram brutalmente 53 pessoas e deixaram milhares de feridos no Iêmen.
Já o segundo se passa no interior da Argélia, onde, em uma pequena casa isolada, uma mãe precisa enterrar seu filho Tarik, um militar. Ela suspeita que seu outro filho, Ali, líder de um grupo extremista islâmico, o tenha assassinado.
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira, dia 26 de agosto
19h30 – A Ira da Tartaruga (Turtle’s Rage)
Alemanha| 2012 | 69 minutos
Gênero: Documentário
Direção: Pary El-Qalqili
Idioma: Árabe e alemão com legendas em português
Classificação indicativa: 16 anos
O filme conta a história de um homem misterioso, cuja vida tem sido moldada pela fuga, expulsão, a vida no exílio e um retorno fracassado à Palestina. A biografia destroçada foi afetada tremendamente pelo conflito palestino-israelense. O filme é composto pela busca da filha por respostas de seu pai. Respostas que ele não pode dar.
Sobre a diretora
Pary El-Qalqili nasceu em Berlim em 1982. Ela é uma diretora e escritora palestino-germânica. “A Raiva da Tartaruga é seu primeiro longa-metragem.
Quinta-feira, dia 27 de agosto
19h30 – Paraíso dos anjos caídos (Fallen Angels Paradise)
Egito | 1999| 80 min
Gênero: Ficção
Direção: Luiz Fernando Carvalho
Idioma: Árabe com legendas em português
Classificação indicativa: 16 anos
Um homem sem-teto morre de overdose em um popular bairro do Cairo. Ele foi um marido ideal e representava a segurança da sua família. Então, um dia, tudo mudou. Logo após sua morte, seus amigos do submundo arrastaram seu corpo por todo lado para uma noite inteira de loucura, bebedeira e situações alucinantes. Um jogo com a morte em que o morto torna-se mais vivo do que os vivos e onde os anjos caídos vivem de acordo com suas próprias regras, leis e desejos no caos da capital egípcia. O filme é baseado na obra “A morte e a morte de Quincas Berro D´água, de Jorge Amado.
Sexta-feira, dia 28 de agosto
19h00 – Marte ao amanhecer (Mars at sunrise)
Palestina, Canadá e EUA | 2013| 85 min
Gênero: Ficção
Direção: Jéssica Habie
Idioma: Árabe com legendas em português
Classificação indicativa: 16 anos
Elenco: Ali Suliman, Guy Elhanan, Haale Gafori, Maisam Masri
O filme narra o conflito entre dois artistas frustrados que residem em lados opostos das fronteiras militarizadas de Israel. Inspirado pela jornada criativa do renomado artista visual palestino exilado Hani Zurob e em histórias verídicas da região, o filme demonstra os sentimentos do poeta judeu norte-americano Azzadeh e o pintor palestino Khaled, para retratar uma vida marcada pelo conflito.
Inédito no Brasil
Sobre a diretora
Jessica Habie graduou-se na NYU e foi fundadora da Eyes Infinite Films. Além de “Marte ao amanhecer” (2011), ela lançou “Another World is Happening” e “The Art of Love and Struggle” em 2003 e o documentário “Mandatory Service”, em 2011.
20h30 – Bate-papo com a convidada Nirah Shirazipour após a exibição do filme Marte ao amanhecer.
Classificação indicativa: 12 anos
Produtora cinematográfica, antropóloga, escritora e musicista. Atua como produtora do coletivo cinematográfico Eyes Infinite Films, onde produziu filmes que abordam a relação entre a militarização da cultura e a criatividade, principalmente nos territórios da Palestina e Israel, como “Marte ao Amanhecer”, dirigido por Jessica Habie e diversos documentários. Nirah é uma das principais organizadoras do Eyes Wide Open Artistic Peace Movement, um coletivo de artistas e hip-hop em Montreal.
Sábado, dia 29 de agosto
17h00 – Festival Pan-Africano da Argélia (Algiers Pan African Festival)
Argélia| 1969 | 102 minutos
Gênero: Documentário
Direção: William Klein
Idioma: Árabe com legendas em português
Classificação indicativa: 12 anos
Em julho de 1969, William Klein filmou o primeiro Festival Pan-Africano de Argel. Este evento colossal espalhou uma sensação de euforia, exuberância, festividade e esperança por uma África livre e fraterna. O filme foca nas figuras políticas da época, mas também nos artistas que participaram deste festival, marcando para sempre a memória da Argélia, incluindo Nina Simone, Archie Shepp e Miriam Makeba.
19h – Encontro musical Latino Árabe (60 minutos)
Classificação indicativa: livre
Pocket Show doDuo 156 cordas (qanoun – “harpa árabe” de 58 cordas), formado pelo músico tunisiano Raouf Jemni e brasileiro Cláudio Kairouz, que se juntam ao violonista Junior Pita. O objetivo é traçar paralelos ente a música árabe e latina, a partir de um repertório que terá música clássica árabe, além de valsa, flamenco, tarantela, samba e baião.
Convidados:
Duo 156 Cordas
Os músicos brasileiros Cláudio Kairouz e o tuniano Raof Jemni tocam um instrumento típico árabe chamado qanoun e há dois anos formam um duo chamado “156 Cordas”, em português, ou “Mia ua Sita ua Hamsim Watar”, em árabe. Como cada artista vive em um país, cerca de três vezes ao ano eles se encontram para apresentações. Atualmente fazem apresentações no Brasil, Tunísia ou outros países, normalmente durante as férias escolares do jovem virtuose Raouf, que tem 16 anos.
Junior Pita
Iniciou a carreira artística no ano de 2003, quando produziu com a cantora Adriana Moreira o show “As músicas de Baden e Vinicius”,. Como violonista acompanhou diversos artistas, destacando-se Marília Medáglia, Zélia Duncan, Dona Ivone Lara, Buarque, Eduardo Gudin, Fabiana Cozza, e Adriana Moreira. Apresentou-se em diversos países, entre os quais França, Itália, Alemanha e Estados Unidos, destacando-se sua participação no evento “Roda de Choro Instrumental de Torino”, na Alemanha, integrando o grupo Camerata de Violões e Cia.
Domingo, dia 30 de agosto
17h30 – Cairo Drive
Egito e EUA| 2013| 77 min
Gênero: Documentário
Direção: Sherief Elkatsha
Idioma: Árabe e Inglês com legendas em Português
Classificação indicativa: 16 anos
Documentário que retrata a vida de uma das cidades mais populosas do mundo a partir da dinâmica de sua mobilidade urbana. Filmado no período de 2009-2012, que compreende o início da Revolução Egípcia até a última eleição presidencial do país, o longa revela personagens e situações peculiares do congestionado trânsito da cidade do Cairo. O cineasta Sherief Elkatsha aborda, com muito humor, situações que envolvem motoristas de táxi, ambulâncias, guardas de trânsito e as tentativas de comunicação em meio ao caótico contexto das ruas da capital egípcia.
Em 2013, venceu o Festival de Cinema de Abu Dhabi.
Sobre o diretor
Nasceu e cresceu no Cairo e hoje vive em Nova York. O sue primeiro longa-metragem foi “Butts Out” (2006). Ele co-dirigiu o documentário “Egypt: We are Watching You with Jehane Noujaim” (2007) e seguiu documentando a sua nativa Cairo como diretor de fotografia em “Cairo Garbage” (2009).
19h30 – Yema
Argélia e França | 2012 | 90 minutos
Gênero: Drama
Direção: Djamila Sahraoui
Idioma: Árabe com legendas em português
Elenco: Djamila Sahraoui. Com Ali Zarif, Samir Yahia, Djamila Sahraoui.
Classificação indicativa: 16 anos
Em uma pequena casa abandonada, isolada no interior da Argélia, Ouardia lá se encontra, depois de anos fora, para enterrar seu filho Tarik, um militar. Ela suspeita que seu outro filho, Ali, líder de um grupo extremista islâmico, o tenha assassinado. Nesse universo ferido pela tragédia, a vida vai pouco a pouco encontrando seu caminho.
Em 2012, integrou a Seção Orizzonti , do Festival de Veneza 2012
Sobre a diretora
Djamila Sahraoui nasceu na Argélia em 1950, onde estudou literatura. Ela é uma reconhecida diretora, com vários documentários no currículo, e com o seu primeiro longa-metragem, “Barakat!” (2006), premiado em festivais como Dubai, Cairo, Milan e Fespaco (Festival Panafricanos de Cinema e TV), além de ter sido selecionado para a 3a Mostra Mundo Árabe de Cinema, em 2008.
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