Metallica interrompe show após falha de som em 'Ride the lightning'
Banda chegou a sair do palco, mas voltou após problema ter sido resolvido.
O festival publicou um comunicado oficial sobre o incidente:
A organização do Rock in Rio informa que a parada do som no show da banda Metallica ocorreu pela desconexão da linha de sída de som entre a mesa da banda e a do festival".
Metallica encerra noite de metal no segundo dia de Rock in Rio. "apagão sonoro" foi uma das raras novidades perceptíveis no show do Metallica no Rock in Rio. Em sua oitava participação no Rock in Rio – a terceira levando-se em conta apenas as edições no Brasil –, o Metallica fez o de sempre: um show seguro. Sem disco de inéditas desde 2008, o quarteto tem pouco a fazer a não ser mudar a ordem de seus hits mais antigos para não se repetir entre uma aparição e outra no evento.
O inconveniente não pareceu prejudicar o humor de Hetfield. Que fez piada com o cheiro dos fãs. "Bonitos, mas cheirosos não", comentou. Depois, tentou corrigir: "Acho que sou eu".
Dentro das limitadas possibilidades de se diferenciar de si mesmo, o Metallica propôs algumas inovações discretas. Embora esteja aparecendo nos shows da banda neste ano, "King nothing", jamais havia sido ouvida em um Rock in Rio no Brasil.
Vale o mesmo para "Turn the page", cover de Bob Seger, inédita na versão brasileira do festival. Foi uma boa versão, mesmo sem ter levantanado o público. Outro caso: "Frayed ends of sanity", de 1988, uma raridade nas apresentações do Metallica. Mesmo muito antiga, só começou a ser tocada ao vivo recentemente.
Esse resgate de músicas do passado é uma formas de a banda tentar renovar um show sem novidades. O efeito colateral é que, às vezes, as "ousadias" entregam que o baterista Lars Ulrich está bem longe da velha boa forma. O diagnóstico vale também para "Sad but true", com um Lars um pouco preguiçoso. Triste, mas verdade.
Sábado no Rock in Rio
No sábado (19), dia do metal do Rock in Rio, passaram pelo Palco Mundo antes do Metallica os veteranos do Mötley Crüe, que fizeram um show com clima de despedida; a dupla barulhenta Royal Blood, que mostrou força no gogó; e os franceses do Gojira, com uma bateria que ensurdeceu a Cidade do Rock.
No Palco Sunset, a banda de nu metal Korn encerrou a noite com boa presença de palco. Antes deles tocaram as bandas Ministry, maior nome do subgênero conhecido como metal industrial; e a banda de metal brasileira Angra, que convidou Dee Snider, vocalista do Twisted Sister, para tocar dois hits do grupo.
Um dia após a temperatura bater recorde de calor no inverno, o sábado no Rio registrou 35,5°C na Zona Oeste, região onde acontece o Rock in Rio. Mesmo com o calorão, os metaleiros não descartaram o traje preto e confirmaram que, para eles, vale mesmo fazer tudo pelo rock.
Korn faz show que ficou pequeno para o Palco Sunset do Rock in Rio
A escalação do Korn para o Palco Sunset pareceu um equívoco. Mas só porque a banda, símbolo do new metal dos anos 1990, mostrou que merecia o Palco Mundo, espaço principal. Ao término, o quinteto liderado por Jonathan Davis (e seu pedestal de microfone no formato de mulher nua estilizada) ouviu coro de "Olê, olê, olê, olê... Kornê, Kornê!". O público foi o maior do Sunset até aqui. Eles são bons de palco e cumprem a missão básica: promover bate-cabeça coletivo.
Baixista do Mötley Crüe dá seu instrumento a fã após o show da banda
O baixista Nikki Sixx, do Mötley Crüe, entregou seu instrumento a um grupo de fãs que estava na grade. Talvez tenha ficado com pena do calor que o povo ali perto passou, já que o palco tinha diversos canhões de fogo acionados com frequência quase imprudente. Dava para sentir a calor a uns 50 metros de distância.
'Zumbi' participa do show do Noturnall no segundo dia do festival
Não bastasse ter a participação de Michael Kiske, ex-Helloween, o Noturnall apostou em show cheio de surpresas no Palco Sunset. Dançarinas de pole dance zumbis, um boneco gigante macabro e uma grande bola jogada no público animaram a apresentação. Mas nada foi tão inusitado como a palhinha de Maria Odette, mãe do vocalista Thiago Bianchi.
No começo da tarde, o público que assistiu ao show do Noturnall se divertiu com um pequeno presente que a banda levou ao Palco Sunset A estudante Victória Vix, 16 anos, é de Araçatuba, interior de São Paulo, e há 2 anos decidiu registrar no corpo a paixão pela banda Mötley Crüe. Com o aval da mãe, Soraia Dias, ela desenhou o nome da banda na barriga. “Doeu pra caramba, mas valeu a pena”, contou ela. "Rock e tatuagem é de família", disse a mãe.
Royal Blood toca no Palco Mundo neste sábado (19), segundo dia de Rock in Rio
Fãs do Royal Blood haviam confessado no Facebook e Twitter que temiam pela recepção da banda no Palco Mundo. Devem estar aliviados. A dupla fez barulho para fãs de Metallica com baixo, bateria e um rock direto. Sem vaias. Ao vivo, o duo inglês faz som com qualidade de CD. Pena que quase toda plateia tenha acompanhado omo se alguém tivesse dado play em um DVD. Mesmo bons, foram meio peixe fora d´água, desloados em um dia de metal. Ah, e o baixista Mike Kerr é desde já um dos melhores cantores do festival.
O Gojira fez muito metaleiro bater cabelo durante seu show no Palco Mundo
Na barulheira em volume considerável para uma banda de abertura, não dava para entender as letras contra a destruição do meio ambiente. Mas deu para pegar o clima apocalíptico do discurso da o Gojira, banda francesa. O tradicional bumbo duplo do metal, usado e abusado pelo baterista do Gojira, estremeceu a Cidade do Rock.
Angra, Dee Snider e Doro Pesch no Rock in Rio 2015
A plateia do Angra no Palco Sunset mostrou mais respeito que empolgação na primeira metade de show, mas o jogo virou quando a banda cantou "Rebirth", aplaudida no início e com coro de "Olê, olê, olá... Angrá, Angrá". Mas nada comparável ao fim do set, com Dee Snider no palco e os sucessos do metal farofa "I wanna rock" e "We're not gonna take it", as duas da banda dele, Twisted Sister. Belíssima parceria.
O guitarrista Kiko Loureiro, do Angra, toca no Palco Sunset no ock in Rio 2015
No show do Angra rolou um clima de "Sou brasileiro com muito orgulho". "O Rock in Rio leva para o mundo o selo de excelência do Brasileiro. Esse cara ali é do Angra e vai representar o Brasil no Megadeth, caralho", disse o guitarrista Rafael Bittencourt, apontando para Kiko Loureiro. Ele convidou então Marcelo Barbosa, do Almah, que vai substituir Kiko enquanto ele estiver no Megadeth. Todos tocaram "Carry on".
Ministry foi a penúltima atração do Palco Sunset neste sábado de Rock in Rio
O vocalista Al Jourgensen comandou o Ministry no Palco Sunset. Além de seu vozeirão rouco e das letras críticas, principalmente à direta política americana, também foi notícia por fazer xixi em uma planta, no backstage, e por beijar uma repórter do canal Multishow. Ao fim, com seu jeito carinhoso de ser, Jourgensen agredeceu ao "Rio fucking de Janeiro" e disse que depois dali iria fumar e beber.
Fonte G1
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