Filha de Danilo, sobrinha de Nana e neta de Dorival, Alice Caymmi abriu o Palco Sunset.
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O repertório nacional foi de "Iansã", uma repaginação da parceria de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e "Homem", só de Caetano, ao funk "Princesa", de MC Marcinho. Em inglês, cantou de "Lay all your love on me", do Abba, "Summertime", de Janis Joplin, até finalizar com "Black dog", do Led Zeppelin. Foi um show misturadoO repertório nacional foi de "Iansã", uma repaginação da parceria de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e "Homem", só de Caetano, ao funk "Princesa", de MC Marcinho. Em inglês, cantou de "Lay all your love on me", do Abba, "Summertime", sucesso na voz de Janis Joplin, até finalizar com "Black dog", clássica do Led Zeppelin.
O público, ainda pequeno por volta das 15h15, quando começou a apresentação, foi mais contemplativo do que vibrante, mesmo nas canções mais dançantes.
A cada pausa, no entanto, a força dos aplausos de quem estava mais perto do palco e os vários gritos de "linda" e "deusa" demonstraram que a cantora tem fãs fiéis e apaixonados.
Se a plateia ainda estava meio fria, Alice não deixou sua empolgação cair. Acompanhada o tempo todo de músicos como o guitarrista e produtor Lucas Vasconcellos e o maestro Flávio Mendes, ela recebeu ainda o pianista Eumir Deodato, para quatro músicas no final.
Pepeu Gomes chorou ao entrar em cena após abraçar o filho, Pedro Baby, também muito emocionado. No fim, Baby do Brasil ainda usou uma falsa barriga de grávida com a inscrição "Jesus forever". Mas foi a música o melhor do show histórico e em família que o trio fez neste domingo (2) no Palco Sunset. O espaço ficou lotado e o público dançou e cantou junto com reverência.
A apresentação teve muitos hits das carreiras de Baby (a mãe), de Pepeu e dos Novos Baianos, como como "Flor do desejo" (ou "Eu também quero beijar"), "Mil e uma noites" e "Menino do rio" (com intensa particação dos fãs).
Usando cabelo roxo brilhante combinando com uma espécie de saia, Baby surgiu no palco dizendo: "A Ele, toda honra e toda glória". E apontou para cima. Ela havia dito que precisou consultar Deus para saber se poderia tocar no festival.)
Em seguida, ela e o filho começaram com "Seus olhos" (ou "Olhos de luzes"). Baby foi muito aplaudida e cantou bastante bem equanto trocava olhares cúmplices com Pedro. Com metais e percussão, a banda mostrou peso ali.
Após a segunda do repertório ("Telúrica"), Baby convocou Pepeu. Fazia 27 anos que ela não tocava com o ex-marido e pai de Pedro. Ela disse que o guitarrista e cantor era o grande homenageado da ocasião. E o homenageado foi às lágrimas, antes de tocar uma excelente versão de "Trinindo Trincando", dos Novos Baianos.
Entre outras faixas cantadas em coro por um público bem sorridente, Pepeu e o filho fizeram "duelos" de guitarra. O pai é um conhecido virtuoso do instrumento e, antes de propor as disputas, gritava: "Pedro Baby, meu filho!".
Nesses momentos, Baby do Brasil ficava entre os dois e fazia gestos com os mãos chamando-os para perto. "Este é um momento único na história da música brasileira", arriscou ela, prevendo que vai demorar "mais cem anos para acontecer alguma coisa parecida".
Magic! arrebata público teen em dia de ídolos da velha guarda no Rock in Rio
Banda canadense brilhou em show de pop, rock e reggae no Sunset.
Grupo do hit 'Rude' recebeu disco de platina em cima do palco.
No dia de figurões da velha guarda musical, como Rod Stewart e Elton John, dificilmente algum artista ou grupo ouvirá mais gritos histéricos que os rapazes da banda Magic!. Atração secundária no Palco Sunset neste domingo (20) - antes de John Legend -, os canadenses atraíram milhares de adolescentes, principalmente meninas apaixonadas, para um show que também fez os mais velhos sacudirem.
hit "Rude" ("Marry that girl...") fechou o show cantado (ou gritado) em coro do início ao fim. Só em uma canção, a recém-lançada "Sunday, Sunday", o acompanhamento do público diminuiu, já que faltou tempo para decorar a letra.
"Vamos tocar pela primeira vez", disse o vocalista Nasri.
Ele fundou a banda quando compôs "Don't judge me" junto com ark Pellizzer para Chris Brown, em 2013. Vocalista e o guitarrista se uniram e fundaram a banda , que tem ainda Ben Spivak, no baixo, e Alex Tanas, na bateria.
O carismático - e até um pouco engraçado - Nasri comanda o público teen do início ao fim. Mas na hora de apresentar a banda, o campeão de gritos é Pellizzer, seguido de perto poor Alex Tanas, que usou uma camiseta do Brasil para conquistar um pouco mais as meninas.
O repertório mescla pop, reggae e rock, incluindo covers de canções como "This is love", de Bob Marley, e "Message in a bottle", do The Police. Entre as autorais, destaque para a abertura, com "Don't kill the magic", que já levantou a plateia nos primeiros acordes, "Little girl", "Fool" e "No way no". Todas tocadas antes de a banda receber, ao fim da apresentação, um disco de platina de um representante da gravadora.
"Estamos chocados com quanta gente veio ver nossa performance. Os brasileiros nos fizeram sentir bem-vindos (...) Prometemos que vamos voltar todo santo ano", disse Nasri diante da receptividade do público
Paralamas repassa história e lembra show no Rock in Rio 30 anos depois
Banda emocionou no Palco Mundo e lembrou passagem por festival de 85.
Show teve imagens de arquivo e covers de Ultraje a Rigor e Legião Urbana.
Os Paralamas do Sucesso repassaram a história da banda em um show emocionante no Palco Mundo do Rock in Rio neste domingo (20). O repertório foi baseado nos sucessos dos anos 80. "Óculos", que marcou o show do primeiro Rock in Rio, de 1985, foi um momento especial. O tom era de retrospectiva: o título e o ano de cada música era mostrado no telão, de modo didático, junto com imagens de clipes, bastidores e shows antigos.
Eles tocaram três covers nacionais. Além da tradicional "Você", de Tim Maia, os Paralamas incluíram duas músicas com letras de protesto: "Inútil", do Ultraje a Rigor, e "Que país é esse?", da Legião Urbana, que fechou o show. Ao apresentar a música, João Barone disse que "a gente está acreditando num país melhor" e que "o Brasil pode dar certo". No fim, algumas pessoas na plateia gritavam contra a presidente Dilma. Ao mesmo tempo os aplausos para a banda eram bem mais altos.
Logo no início do show, com "Vital e sua moto", Herbert Vianna citou "Every breath you take", do The Police, de longe a maior referência para o som dos Paralamas. No final, também cantaria trecho de "Sociedade alternativa", de Raul Seixas. Tranquila e à vontade no palco, a banda enfileirou sucessos como "Meu erro", que João Barone tocou sorrindo.
Com fôlego, emendaram versão acelerada de "Ska" com "Cinema mudo", para a alegria das várias cabeleiras brancas que balançavam na grade. Ao cantar "Óculos", Herbert fez a mudança na letra que tem feito em vários shows após ter ficado paraplégico devido a um acidente em 2001. "Em cima dessas rodas também bate um coração" substituiu o "por trás dessas lentes também bate um coração".
John Legend canta soul açucarado e compensa falta de sal com talento
Cantor mostrou pouco carisma e foi último no Palco Sunset neste domingo.
'Lay me down', 'You & I' e 'All of me' foi a sequência mais romântica da noite
Sobra açúcar e falta sal para John "Legend" Roger Stephens, que encerrou a programação do Palco Sunset neste domingo romântico de Rock in Rio.
Com muita gente sentada nas proximidades do espaço secundário e shows, tudo só engrenou a partir de "Green light", oitava música da apresentação do cantor americano de 36 anos e quatro discos lançados.
Legend tem seus momentos piano, voz e suor (a ordinária "Ordinary people", por exemplo), mas quase sempre é escudado por uma boa banda.
Baixista, trompetista e saxofonista ajudam a dar aquele tom sensual (ui!) que um show de pop soul apaixonado pede. Aliás, qualquer um com um saxofonista competente no palco merece um descontinho, vai.
O final representa o que há de melhor no cancioneiro romântico de elevador. É tudo tão suave que chega a afugentar um ou outro ouvinte mais exigente. Chega a ser uma covardia com casais tocar "Lay me down", "You & I" e "All of me" na sequência. Haja coração.
A última da noite foi "Glory", canção do filme "Selma - Uma Luta Pela Igualdade". Ganhou o Oscar de canção neste ano ao versar sobre a história da luta do movimento negro, liderada por Martin Luther King nos Estados Unidos.
Seal faz bailinho para experientes com show romântico no Rock in Rio
Inglês alternou faixas lentas e dançantes diante de casais 'velha guarda'.
Com estilo sedutor, ele cantou hits como 'Crazy' e 'Kiss from a rose'.
Em seguida, dobrou com delicadeza e depositou ali, cuidadoso. Antes que Seal começasse a música seguinte, o hit romântico dos anos 1990 "Kiss from a rose", um senhor na plateia louvou a atitude: "Isso é respeito ao símbolo nacional!". Aplausos gerais.
A cena mostra bem o clima da apresentação do cantor inglês de 52 anos, voz de sons românticos e/ou dançantes que costumavam ter sucesso no rádio duas décadas atrás. Sabiamente, ele alternou no repertório faixas bem lentas e faixas um pouco menos lentas.
Já de cara, sem medo de queimar a largada, abriu com "Crazy" (com disposição, se lançou logo nos braços dos fãs, mas sem dar muita liberdade). Depois, veio "Killer".
No geral, foi um bailinho para frequentadores mais experientes ou casais apaixonados . Um aquecimento para a gente que, afinal, estava ali esperando Elton John e Rob Stewart, que viriam em seguida.
Ainda no começo, Seal pareceu fazer um coração com as mãos na direção do público. Sinal dos tempos, uma senhora devolveu com um joinha. Mas Seal é Seal e mantém a postura. "Alguém aí já esteve apaixonado?", perguntou, antes de "Do you ever forget my name".
Elton John volta ao Rock in Rio mais à vontade em noite de veteranos
Em 2011, ele tocou para fãs de Rihanna; agora voltou com público mais velho.
Ele focou setlist em faixas do início dos anos 70 e fechou com 'Your son
Aos 68 anos, Elton John achou sua turma no Rock in Rio. No show deste domingo (20), depois de Seal e antes de Rod Stewart, no Palco Mundo, o inglês ficou mais à vontade do que há quatro anos. Em 2011, ele cantou entre as novinhas Katy Perry e Rihanna. Não deu muito certo. Além disso, ele chegou atrasado e cortou o bis do show. Neste retorno, ele não deixou de fora "Your song", seu primeiro hit.
Todo de azul com brilhantes e uma inscrição "Fantastic" nas costas, Elton brilhava especialmente nos momentos sozinho ao piano, como no início de "Rocket man". O público curtia tranquilo, sem a histeria que se espera de uma noite "teen". Músicas mais soturnas, como "Sorry seems to be the hardest word" e "Don't Let the Sun Go Down on Me" funcionaram bem.
Apesar dos quase 50 anos de carreira, metade do repertório vem do período de quatro anos do início da década de 70 entre os discos "Madman across the water" (1971) a "Caribou" (1974), com destaque para "Goodbye Yellow Brick Road" (1973).
"Toda vez que vamos ao Brasil temos a melhor experiência , então obrigado por todos esses anos de gentileza", elogiou Elton. Ele também foi generoso com o tempo: o show estava programado para durar uma hora e quinze minutos e durou cerca de vinte minutos a mais que o esperado.
O setlist divulgado antes do show não tinha "Your song" - música que ele deixou de fora em 2011. Era uma pegadinha do Elton. Mesmo em um bis apressado, ele tocou seu primeiro hit. Cobre daqui, descobre de lá: para isso, ele teve que deixar de fora "Crocodile rock". "Daniel" foi outra de fora. Tarefa ingrata, afinal, enfiar 46 anos de sucessos em menos de duas horas.
Entre um hit e outro, ele não se cansa de repetir seu gesto preferido (\o/). O cantor reina absoluto à frente da banda, também experiente e competente. O único instrumento desafinado foi a tirolesa. Nas partes mais suaves do show, o efeito sonoro da fricção entre o gancho e a corda atrapalhava periodicamente. Vale uma lubrificada.
Rod Stewart ganha colinho em apresentação no Rock in Rio
Apresentação teve também 'mão boba' e bola lançada para a plateia.
Show teve hits como 'It's a Heartache' e 'Tonight's the night'.
O Fábio Jr. deles é muito melhor do que o nosso. Rod Stewart foi o último a se apresentar no Palco Mundo neste domingo (21) do Rock in Rio e trouxe um clima de Las Vegas para o festival. Ok, Elton John e as luzes da Cidade do Rock ajudaram.
Hits como "It's a heartache" e "Tonight's the night" mostraram que a renomada rouquidão de Rod continua rouquíssima.
Durante a apresentação, ele aproveitou o colo de uma das vocais de apoio para descansar durante "I do'nt wanna talk about it". Afinal, quem não gosta de ouvir um bom solo de sax no colinho de uma bela mulher?
Outra cena curiosa foi uma "mão boba" - que rolou após sua segunda troca de roupa - em "You're in my heart". Por mais que seja encenado, a graça faz efeito.
Com três roupas diferentes (ternos branco e dourado; e um figurino preto tipo Elvis Presley), o veterano cantor inglês de 70 anos fez de tudo que queria.
Ele aproveitou suas habilidades de ex-jogador de futebol, chutando bolas autografadas para a plateia. Daí, até acertou uma câmera. Em vez de gritar "Brasil, te amo", preferiu bradar "Cuba libre".
Ah, e fez poses meio trôpegas no palco. Nesta hora, tem gente na plateia que deu risada como se fosse um fã da Amy Winehouse, daqueles que vê mais graça no fato de alguém estar bêbado do que cantar bem.
Dentre as músicas do repertório, destaque para "Forever young", talvez a dona do maior coro da noite na Cidade do Rock. Foi quando celulares e copos de cerveja foram erguidos para o alto em igual quantidade no público.
Teve também "The first cut is the deepest" (que sempre combinou com a voz de Rod) e a potente "Maggie May", meio ignorada pela plateia.
Um bom resumo do show pode ser feito com uma parte em que o cara sequer estava no palco. É um momento meio batuque da banda do cantor. Se o Olodum fizesse trilha sonora de concurso de miss.
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Fonte: G1
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