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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Feira do Livro de Porto Alegre 62ª edição ocorre de 28/10 a 15/11/2016

62ª Feira do Livro de Porto Alegre


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A Feira do Livro de Porto Alegre foi inaugurada em 1955 por incentivo do jornalista Say Marques, diretor-secretário do Diário de Notícias, junto aos livreiros e editores da cidade. O evento, o maior do gênero a céu aberto da América Latina, é considerado referência no paí­s por seu caráter democrático e pela consistência do trabalho que desenvolve na área da promoção da literatura e da formação de leitores. Realizada desde sua primeira edição na Praça da Alfândega, Centro Histórico da capital gaúcha, a Feira é dividida em Área Geral, Área Internacional e Área Infantil e Juvenil. Centenas de escritores, ilustradores, contadores de histórias participam do evento, que conta com sessões de autógrafos, mesas-redondas, oficinas, palestras e programações artí­sticas, entre outras atividades. Alguns desses eventos são realizados no Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Armazém Literário da Corag, Auditório da Inspetoria da Receita Federal, Teatro São Pedro e Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa.
Em 2006, a Feira do Livro de Porto Alegre recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República, que a reconheceu como um dos mais importantes eventos culturais do Brasil. Um ano antes, havia sido declarada bem do Patrimônio Cultural Imaterial do Estado e, em 2010, foi o primeiro bem registrado, pela Prefeitura de Porto Alegre, como integrante do Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial da cidade. A 62ª edição ocorre de 28 de outubro a 15 de novembro de 2016 e conta com ampla programação cultural de entrada gratuita, além de uma vasta oferta de livros nacionais e estrangeiros com comercializados a preços reduzidos.
AÇORES ABRE COM DANÇAS TÍPICAS SUA PARTICIPAÇÃO NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

Tem início já no dia 28 de outubro, data da abertura da 62ª Feira do Livro De Porto Alegre, as intervenções artísticas açorianas na Praça da Alfândega. A Região Autônoma dos Açores é homenageada pelo evento e trará à capital gaúcha poetas, escritores, pesquisadores e outros profissionais ligados à Literatura.
Logo após a abertura da Feira, prevista para às 19h no Teatro Carlos Urbim (Av. Sepúlveda entre Av. Mauá e Rua Siqueira Campos), os dançarinos do Rancho Folclórico da Casa dos Açores do Rio Grande do Sul movimentam a Praça de Autógrafos, a partir das 20h30min. A proximidade da cultura açoriana com o Rio Grande do Sul é direta, explica a coordenadora da Casa dos Açores do Estado, Célia Silva Jachemet. Entre as atividades artístico-musicais com as quais o público logo vai se identificar, lista Célia, estão as muitas chimarritas e  danças do pezinho, que serão apresentadas sob coordenação de Régis Albino Marques Gomes, com participação do coral Carlos Bina SOGIL, da Escola Estadual Carlos Bina, de Gravataí.
“Teremos na praça, por exemplo, a Dança do Pezinho de São Miguel e as chimarritas de São Jorge e da Ilha Terceira, com passos semelhantes aos da tradição gaúcha. Tudo isso acompanhado pelos acordes do violão da terra, com 15 cordas, violino e violão” conta Célia.
Veja a lista de autores do arquipélago que desembarcam na 62ª Feira do Livro de Porto Alegre:
Eduíno de JesusArrifes, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, 1928
Poeta, professor e intelectual conhecido internacionalmente, dedica-se à divulgação da cultura açoriana em Portugal desde o lançamento da coleção “Arquipélago”, pela qual tornou conhecida a obra de vários escritores açorianos. Foi coordenador, por muitos anos, da seção cultural da Casa dos Açores de Lisboa. Entre seus títulos, estão os volumes de poema “Caminho para o Desconhecido”, “O Rei Lua” e “Os Silos do Silêncio: poesia (1948-2004)”.
Francisco Cota FagundesFreguesia da Agualva, Concelho da Praia da Vitória, Ilha Terceira, 1944
Professor de Português na Universidade de Massachusetts Amherst (EUA), onde leciona desde 1976. Assinou, coordenou e traduziu mais de vinte títulos e possui extensa produção acadêmica dedicada, principalmente, à diáspora açoriana. As suas principais áreas de interesse atual são a poesia e o conto contemporâneos; a narrativa oral e sua representação literária; as literaturas da emigração e étnica nos Estados Unidos; Literaturas da Macaronésia, e a interrelação das artes (poesia e música, literatura em geral e artes visuais).
Joel NetoAngra do Heroísmo, Ilha Terceira, 1974
Autor de “Arquipélago”, “O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas” e “A Vida no Campo”, entre outros, Joel Neto é colunista no jornal Diário de Notícias, em que publica uma série de relatos sobre o seu regresso à Terra Chã, freguesia rural da Ilha Terceira. Os seus romances “O Terceiro Servo”, “Os Sítios sem Resposta” e “Arquipélago” integram o Plano Regional de Leitura dos Açores, sendo que o primeiro fez parte também da área de Estudos Açorianos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. “O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas” foi adotado como leitura obrigatória pela Universidade dos Açores. “José Mourinho, o Vencedor”, biografia do técnico de futebol, foi traduzido na Inglaterra e na Polônia. O romance “Arquipélago” (Marcador, 2015) teve sua primeira edição esgotada em duas semanas e em menos de três meses, estava na quarta edição. É cronista em diferentes jornais portugueses, açorianos e da comunidade portuguesa nos Estados Unidos e no Canadá.
Jorge ForjazAngra do Heroísmo, Ilha Terceira, 1944
Licenciado em História pela Universidade do Porto, pós-graduado como Bibliotecário-Arquivista e Documentalista; Técnico superior da Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo. Com mais de trinta títulos publicados, entre os quais “O Solar de Nossa Senhora dos Remédios”, “Os Monjardinos – Uma família genovesa em Portugal”, “Açôres e Brasil”, “Famílias Macaenses” e “Os Teixeira de Sampaio da Ilha Terceira”. Pesquisador da genealogia portuguesa e açoriana, vencedor do Prêmio Fundação Oriente – A Presença dos Portugueses no Mundo, da Academia Portuguesa de História; Grande-oficial da Ordem do Mérito, de Portugal, em 2003.
Madalena San-BentoPonta Delgada, Ilha de São Miguel, 1966
Licenciou-se em História na Universidade dos Açores, em 1989. Nesse mesmo ano, foi premiada pela Secretaria da Juventude e Recursos Humanos com o conto “Chuva de Cinzas”. Em 1994, ganha o prêmio Vitorino Nemésio promovido pela Secretaria Regional da Educação e Cultura com o romance “Os Expostos”. Além de várias colaborações com a imprensa regional, publicou “Esta Santa Casa”, ensaio e crônica de cunho sócio-cultural e histórico sobre a Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande. Em 2005 publicou, pelo Instituto Cultural de Ponta Delgada, o romance “Diário das Mulheres Toleradas” (prêmio atribuído e patrocinado pela Secretaria Regional da Cultura). “A Viagem de Aurora”, conto infantil ilustrado por Romeu Cruz, tem edição patrocinada pela Câmara Municipal de Ribeira Grande e foi adotado por 155 turmas do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Nuno Costa SantosLivramento, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, 1974
Autor de ficção, poemas, ensaios e roteiros para TV e cinema. É colaborador permanente da revista Ler, onde assina a coluna “Provedor do Leitor (ou como fazer amigos na literatura)”. Seu romance de estreia, “Céu Nublado em Boas Abertas”, foi lançado em 2016, embora já tenha publicado volumes de poemas e contos, além de crônicas na imprensa. Em “Vou Emigrar para o meu País”, reflete sobre emigração, identidade, Portugal, literatura e música em ensaios publicados na imprensa ao longo dos anos. Leitor de Nelson Rodrigues e Carlos Drummond de Andrade, assume a condição do cronista: “O cronista não representa nenhuma instituição ou nenhum partido. Representa-se a si próprio – na sua contingência, nos seus humores. Não tem a obrigação de escrever sobre nada e tem a liberdade de escrever sobre tudo. Em vez de doutrinar ou orientar, escreve para conversar com os leitores”. Autor também das coletâneas de poema “Os Dias não Estão Para Isso”, “Às Vezes é um Insecto que faz Disparar o Alarme” e “Melancómico”.
Paula de Sousa LimaLisboa, 1962
De origem açoriana, nasceu em Lisboa e vive nos Açores. É professora do ensino secundário, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Literatura Portuguesa. Publicou artigos acadêmicos em revistas especializadas e mantém uma colaboração assídua em jornais. Co-autora de uma gramática, publicou cerca de vinte contos em jornais e revistas e cinco romances: “Crónica dos Senhores do Lenho”, “Variações em Dor Maior”, “Tempo Adiado”, “Os Últimos Dias de Pôncio Pilatos” e “Mas Deus não dá Licença que Partamos”. Estreou na poesia com a coletânea “Quando eu Mover a Sombra das Montanhas”, em 2015. Vencedora do Prêmio Humanidades Daniel Sá em 2016 na categoria criação literária.
Urbano BettencourtPiedade, Ilha do Pico, 1949
Frequentou o Seminário de Angra, que abandonou, vindo posteriormente a licenciar-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, depois de uma experiência de dois anos de guerra colonial na Guiné-Bissau. Professor do Ensino Secundário e, desde 1990, Assistente Convidado da Universidade dos Açores, onde lecciona Literatura Portuguesa Clássica, Estudos Literários e Literatura Açoriana. Tem colaboração dispersa por jornais, revistas, rádio e televisão, participa de conferências pelo mundo sobre literatura açoriana. Autor de extensa obra dividida em volumes de poemas, contos e ensaios, além de diversos artigos em publicações acadêmicas.
Vasco Pereira CostaAngra do Heroísmo, Ilha Terceira, 1948
Contista, novelista, romancista, poeta, reconhecido com os prêmios Miguel Torga e Aquilino Ribeiro. É pintor com o pseudônimo Manuel Policarpo. Licenciado em Filologia Românica na Universidade de Coimbra. Professor aposentado dos ensinos secundário e superior. É Doutor Honoris Causa pela Universidade de São José, em Macau. Foi diretor do departamento de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra e Cônsul Honorário de França nesta cidade. A obra literária de Vasco Pereira da Costa inclui quatro livros de ficção, cinco de poesia e um de memórias. A obra mais recente é o volume de poemas “Ilhíada – antes e depois (Poesia 1972-2012)” e assinala quarenta anos de atividade literária.
A visita da comitiva açoriana é resultado de uma parceira entre a 62ª Feira do Livro de Porto Alegre e o Governo dos Açores

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