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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Mocidade, seu samba e sua história.



Enredo: "O BRASIL DE LA MANCHA: SOU MIGUEL, PADRE MIGUEL. SOU CERVANTES, SOU QUIXOTE CAVALEIRO, PIXOTE BRASILEIRO"

Autores: Jefinho Rodrigues, Wander Pires, Marquinho Índio, J. Medeiros, Domingos Pressão, Jonas Marques, Paulo Ferraz, Lauro Silva e Lero Pires
Intérpretes: Bruno Ribas

Samba Enredo


LOUCO, APAIXONADO...
VOAR, SEM LIMITES SONHAR...
DESPERTA CERVANTES DO SONO INFINITO
QUE A LUZ DA ESTRELA VAI GUIAR
QUIXOTE CAVALEIRO DELIRANTE
AVANTE! MOINHOS VAMOS VENCER
ERRANTE, ACERTA O RUMO DA HISTÓRIA
PRAS MANCHAS DESSE QUADRO REMOVER
PINTAR NESSA TELA A NOVA AQUARELA
E HOJE ENFIM DEVOLVER
A HONRA DO NEGRO, A TAL LIBERDADE
QUE SEMPRE HAVERIA DE TER
AINDA É TEMPO, EU VOU CONTRA O VENTO
NÃO HÁ DE FALTAR BRAVURA
DE RAMOS À ROSA, MEU DOM ENCONTREI
NOS BRAÇOS DA LITERATURA!
VAI NA FÉ... MEU BOM CANGACEIRO
"SER TÃO" CONSELHEIRO REGANDO AS VEREDAS
CAMINHANDO E CANTANDO, SEGUINDO A CANÇÃO
NAS MÃOS UMA FLOR VAI CALAR OS CANHÕES
FAZ CLAREAR AS TENEBROSAS TRANSAÇÕES
LAVANDO A ALMA DA "MOCIDADE"
LANÇANDO JATOS DE FELICIDADE
VENCER MAIS UM GIGANTE NESSA HISTÓRIA SURREAL
NUMA OFEGANTE EPIDEMIA QUE SE CHAMA CARNAVAL
VEM SER MAIS UM GUERREIRO
EU SOU MIGUEL, PIXOTE ESCUDEIRO
É HORA DA ESTRELA QUE SEMPRE VAI BRILHAR!
EU HEI DE CANTAR POR TODA VIDA
MINHA MOCIDADE, ESCOLA QUERIDA
NESSA DISPUTA...
VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA! (NÃO)



Enredo de 2016

"O BRASIL DE LA MANCHA: SOU MIGUEL, PADRE MIGUEL. SOU CERVANTES, SOU QUIXOTE CAVALEIRO, PIXOTE BRASILEIRO"

Sinopse
Esse enredo é dedicado ao povo Brasileiro, grande protagonista da nossa história, que apesar dos monstros gigantes conserva os sonhos da Mocidade, mantém a esperança de um país melhor, a loucura pelo Carnaval e a eterna vocação para ser feliz.
Será mais um sonho impossível?
Voar num limite improvável
Romper o inacessível implacável?
Virar esse mundo, esse jogo?
Como saber se não tentar, lutar pra vencer
e perceber se valeu delirar?
é incabível negar, ousar e sonhar
pois inventar é minha lei, minha questão.
imaginar, seja lá como for,
me fazer invencível, tocar e beijar,
ceder e morrer de paixão
ao ver a estrela-flor, mocidade,
brotar do impossível chão.
(versão adaptada da obra de Chico Buarque e Ruy Guerra)
"Mocidade": substantivo feminino singular : Juventude, frescor, qualidade daqueles que se mantém jovens independentes da idade, sonhadores. Grupo de pessoas que acreditam em um mesmo sonho, vide GRES MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL.
"Mancha": substantivo feminino singular: Mácula, nódoa. Geo: Terra árida, mas fértil da Comunidade Autônoma da Espanha central : Castilla La Mancha.
"Quixote": substantivo masculino: Diz-se do personagem criado por Miguel de Cervantes ( 1547-1616). Indivíduo generoso e ingênuo, que luta contras injustiças. Louco e sonhador.
"Carnaval": substantivo masculino singular. Festa popular, folia. Período normalmente de três dias que antecede à quarta-feira de cinzas. Sentido figurado. Festa capaz de desfazer as manchas da realidade ao transformá-las em esperança de tempos melhores. Força capaz de resgatar os sonhos de uma Mocidade Quixotesca.

Prólogo
Se o mundo é um carnaval onde tudo se mistura, volto à literatura, no seu infinito poder de transportar tempo e espaço, me junto a Cervantes porque também sou Miguel, Padre Miguel. Juntos, resgatamos o mito de Quixote que, no caminhar por entre as terras do Brasil de La Mancha, a princípio se assusta com tantos fatos. Ele sonha lutar com gigantes que pela própria natureza não somam, subtraem. E como compreender é o primeiro passo para transformação, ávido leitor, o cavaleiro andante relê nossa história até perceber que "A hora da estrela" há de chegar. Descobre que a Mocidade, eterna fábrica de sonhos e alegria, é a estrela guia, que sai à rua para defender o Brasil de toda Mancha. Está na Mocidade toda a esperança de dias melhores, de tempos mais justos, de seres mais humanos.

O Brasil de La Mancha
Ergue-te do teu sono, Cervantes, do sonho à vida como antes, vem comigo que também sou Miguel, Padre Miguel, sou eu quem te clama a despertar teu cavaleiro andarilho, a seguir a estrela em seu brilho e a empunhar a lança a lutar contra os moinhos deste Brasil de La Mancha.
Qual "Abaporu" a devorar imaginações, levanta-te novamente, Quixote comandante e vem tocar seu rebanho, invisível, errante, de meninos, Pixotes, fidalgos ninguém e faça deles seu exército verde esperança, de sonhos de criança que valem ouro, prata, níquel, vintém. Vem limpar as nódoas deste meu país gigante. Lembre sempre da ordem da cavalaria, da meta de todo dia: acreditar na justiça, educação, saúde e fraternidade, no respeito à terceira idade, nos sonhos da Mocidade.
Viaje, até onde a memória alcança, que te proteja, o Sancho que também é Pança, gula ou ganância? Contraponto e balança. Teu companheiro, fiel escudeiro, rapidamente adquire um jeitinho brasileiro. Não esqueça do povo e da mazela, negue que os acordos e esquemas são necessários ao sistema. Lute contra os fatos, os muitos ratos, os muitos jatos! Lembre que para governar a ilha, não precisas fazer parte de uma quadrilha.
Ponha de lado a cavalaria diante de tamanha covardia, busque na literatura, nas suas mais belas histórias, uma escapatória. Na tentativa de entender o Brasil de La Mancha, leia de tudo sem exceção: histórias dos Pampas, das vidas secas, escravidão. Se leitura o dia inteiro, faz mal ao cavaleiro, não fique atordoado, se entre Ramos e Rosas, encontrar Machado, mesmo sem muita clareza, não se importe porque és menino maluquinho e maluco beleza.
Adentre o reino mestiço, encantado, país inventado, terra que tem palmeiras mas, pela dor de Chico Mendes, sangram seringueiras. Torne-se o Macunaíma, caboclo, mito indolente, quase até inconsequente. E como todo amor é descanso da loucura e a felicidade, uma eterna procura, busque sua Dulcinéia, nos lábios de mel de Iracema e Paraguaçu, musa de Caramuru.
Seja o braço forte que impede o açoite, apague a mancha negra-noite, ouça as vozes d'áfrica, lança-te ao oceano contra os negreiros moinhos navegantes e com furor insano, acabe com esse sonho dantesco, a vergonha da escravidão, "varrei os mares, tufão".. Seja Zumbi e devolva a liberdade para a casa grande e a senzala não mais existir.
Siga os raios do sol meridiano meu cavaleiro andante, no rastro que ilumina o pampa distante, no sopro do minuano, que terás o " tempo e o vento" como esteio, pelos campos à seguir avante, na proteção do negrinho do pastoreio.
Vai, meu nobre senhor dos sonhos e andanças, vem que te mostro veredas, na trilha de sua árdua missão, contraponto das vidas secas no escaldante sertão. Leve teu espírito guerreiro a juntar-se a Antônio Conselheiro, entre milhares de fiéis e cangaceiros, na saga, sacra insurreição.
Vai, caminhando e cantando, mesmo com páginas infelizes das nossas histórias, vai nessa ilha, sanatório geral, onde a sua loucura também é a nossa e que se transforma em uma ofegante epidemia pois somos todos loucos, loucos por carnaval. Vai, que nessa avenida, a Mocidade aguerrida, num samba popular, vai passar ...
Há esperança de que tenebrosas transações serão passadas a limpo, lavaremos o passado tudo o que é ímpio, ainda que tarde, que não falhe, não será um sonho impossível e que nossos heróis não sonharam em vão pois acreditamos no incrível, somos sonhadores errantes, inspirados em ti, cavaleiro andante, estamos prontos pra luta contra o gigante, desse Brasil de La Mancha. Somos seu exército verde, vibrante, da pátria independente, somos Miguel, Padre Miguel, seus Quixotes, Pixotes, somos alguém com o sonho de uma nação, sonho de ser campeão.
Adiante, cavaleiro! Em frente, Rocinante! O Brasil é grande, um mundo inteiro. Agora eu era herói, leitor, estudante e também juiz, e pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz.
Adiante, cavaleiro! o povo é minha estrela guia...
"A hora da estrela" há de chegar
Sou independente, sou raiz também, Cavaleiro Andante da Vila Vintém.



A História da Mocidade
Em 1955, o time de futebol Independente Futebol Clube transformara-se em bloco, participando de um concurso de blocos em Padre Miguel, promovido pelo falecido político Waldemar Vianna de Carvalho. Como houve um empate entre a Mocidade Independente e o Unidos de Padre Miguel, Waldemar resolveu as coisas de modo diplomático, considerando a Mocidade uma escola de samba e dando-lhe o primeiro lugar na categoria, premiando assim o Unidos de Padre Miguel como melhor bloco.
Em 1956, apresentou o enredo "Castro Alves", novamente num desfile local. Em 1957, na praça onze, participou pela primeira vez do desfile oficial no Rio de Janeiro, com o enredo "O Baile das Rosas" conquistando o 5° lugar no grupo de acesso. Em 1958 foi campeã do grupo de acesso com o enredo "Apoteose ao Samba", mas o que realmente marcou esse carnaval foi que nele foi realizado, pela primeira vez sob o comando de Mestre André, a célebre "paradinha da bateria" em frente à comissão julgadora. O povo então foi ao delírio, mais tarde, a acompanhar a tal "bossa" com o grito de "Olé". Durante este período, a Mocidade era conhecida como "uma bateria que carregava a escola nas costas", pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, só alguns anos depois teve condições de competir com as grandes da época (Portela, Mangueira, Salgueiro, e Império Serrano). A partir da "paradinha" feita por Mestre André, a "paradinha" foi aderida anos depois pelas outras escolas de samba, e hoje em dia todas as baterias das escolas de samba do Rio de Janeiro e do Brasil a fazem.
No ano de 1974, com o carnavalesco Arlindo Rodrigues, apresentou o enredo "A festa do Divino", tirando um 5° lugar. Mas neste ano ela poderia ter ganhado o campeonato, se não tirasse uma nota 4 em fantasia - o que foi considerado um escândalo, na época, visto que Arlindo era conhecido e consagrado pelo bom gosto e requinte nas fantasias. A campeã Salgueiro teve apenas 4 pontos a mais que a Mocidade, ou seja, um simples 8 em fantasias daria o título à Padre Miguel, visto que no quesito de desempate, bateria, o Salgueiro tinha 9 e a Mocidade 10.
Desde então, a escola deixava de ser conhecida apenas por sua bateria, para impor-se como grande escola de samba. Em 1975, a Mocidade vence pela primeira vez as "quatro grandes", num desfile realizado em outubro durante o congresso da ASTA - American Society of Travel Agents, no Rio de Janeiro, em que as escolas do grupo principal realizaram um desfile competitivo, a Mocidade foi campeã.
Em 1976, por ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a Mocidade conquista o seu primeiro campeonato com "O Descobrimento do Brasil".
No ano seguinte, assumiu o carnaval Fernando Pinto, produzindo desfiles excepcionais na Mocidade e projetando-se como um dos mais criativos e inventivos carnavalescos já conhecidos.
No primeiro ano de Fernando Pinto na Mocidade, em 1980, a escola conquistou um segundo lugar com o enredo "Tropicália Maravilha". Em 1983, a Mocidade recebe o Estandarte de Ouro de melhor comunicação com o público com o enredo "Como era verde o meu Xingu". Fernando permaneceu na escola até 1988 e fez grandes carnavais na Mocidade na década de 1980: além de "Tupinicópolis", deu à escola o título de 1985, com "Ziriguidum 2001". Nesse carnaval, a Mocidade entraria na Avenida com um enredo futurista, projetando o carnaval do próximo século.
Era Renato Lage e morte de Castor de Andrade
Na década de 90, a Mocidade passaria ao comando de Renato Lage, que consagrou a escola em três anos: em 1990, contando sua própria história ("Vira Virou, a Mocidade Chegou"); em 1991, falando sobre a água ("Chuê, Chuá… As Águas Vão Rolar"); e em 1996, com um enredo sobre a relação entre o homem e Deus ("Criador e Criatura").
Em 1997, após ser vice-campeã com o enredo "De corpo e alma na avenida", a Mocidade perdeu seu patrono, Castor de Andrade. Dois anos depois, a escola fez um desfile primoroso, com uma homenagem à Villa-Lobos, com o enredo "Villa-Lobos e a Apoteose Brasileira". O público vibrou com o desfile. Porém, neste ano, uma decepção aconteceu: a Mocidade, que sempre se concentrou ao lado dos Correios, precisou se concentrar em frente ao edifício conhecido como "Balança Mas Não Cai", perto do qual há um viaduto que frequentemente atrapalha as alegorias das escolas que ali se concentram. No caso da Mocidade, a escola demorou demais a por os destaques nos grandes carros alegóricos e abriu um enorme buraco entre os setores 1 e 3, logo no começo da passarela. Apesar da grande falha, certamente foi a campeã para muita gente que viu e se emocionou com aquele belíssimo desfile.
Em 2000, a Mocidade veio literalmente vestida com as cores do Brasil, apresentando o enredo "Verde, Amarelo, Azul-Anil Colorem o Brasil no Ano 2000". O belíssimo e imponente carro abre-alas, uma imensa nave espacial dos índios do futuro, deu uma amostra do que seria a escola. A Mocidade passou muito bem, mas o samba-enredo arrastado impediu que a escola decolasse e atingisse colocações melhores. Mesmo assim, ficou em um honroso quarto lugar, credenciando-se ao Desfile das Campeãs.
Em 2001, a Mocidade contrata David do Pandeiro, que estava na Tijuca, para substituir o intérprete do ano anterior, Paulo Henrique. Com o enredo sobre a paz e a harmonia, trouxe a bateria vestida de Gandhi e conquistou o Estandarte de Ouro de Melhor Bateria. Mesmo assim, acabou em 7° lugar, ficando fora das campeãs
Em 2002, a escola recontrata o intérprete Wander Pires. A escola levou o enredo "O Grande Circo Místico", fazendo um desfile que agradou o público. Com problemas nos quesitos harmonia musical e conjunto, terminou em quarto lugar. Após o carnaval de 2002, Renato Lage deixou a escola.
Depois da era Renato Lage
Em 2003 e 2004, assumiu o carnavalesco Chico Spinoza, que levou para a avenida enredos de cunho social, como doação de órgãos e educação no trânsito, a escola ficou com o 5° e 8° lugar. Em 2005, com a mudança da diretoria, a Mocidade contrata um carnavalesco de característica clássica, Paulo Menezes. Seu carnaval fez lembrar as formas de Arlindo Rodrigues, porém a escola terminou na 9ª colocação . Em 2006, entra Mauro Quintaes, com o carnaval sobre os 50 anos da escola, porém a escola não teve novamente uma boa colocação , inclusive sendo vaiada no setor 1 terminando na 10ª colocação.
Ainda em 2006, no mês de outubro, a Mocidade Independente de Padre Miguel encerrou o show do grupo mexicano RBD, onde o grupo sambou junto com a escola, que foi bastante aplaudida, tendo o show sido posteriormente lançado em DVD, intitulado Live in Rio.
No ano de 2007 entra outro carnavalesco, Alex de Souza, que contou a história do artesanato terminando na pior colocação desde a era Castor de Andrade, na 11º colocação. Para 2008, a escola trocou outra vez de carnavalesco, desta vez trouxe Cid Carvalho, que com um enredo temático dos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil , consegue melhorar um pouco em relação ao carnaval passado, na 8ª colocação.
Para 2009 a escola trouxe de volta Wander Pires como sua voz oficial e Mestre Jonas. Além disso, o carnavalesco Cláudio Cebola, que fazia parte da comissão de carnaval, foi promovido a carnavalesco oficial . O enredo, a princípio seria uma homenagem ao centenário da morte do escritor Machado de Assis, mas foi posteriormente alterado, com a inclusão também de Guimarães Rosa no tema, sendo um completo fiasco. Última escola do Grupo Especial a definir seu samba para 2009, a Mocidade enfrentou algumas polêmicas nesse processo, quando escolheu um samba com características pouco convencionais e que era preterido pela maioria da comunidade
Para 2010 a escola trouxe de volta carnavalesco Cid Carvalho, David do Pandeiro - que dividiu o posto de intérprete com Nêgo11 - e estreou Bêreco como diretor de bateria. Nesse ano, mostrou o enredo Do paraíso de Deus ao paraíso da loucura, cada um sabe o que procura, conseguindo melhorar uma posição em relação ao carnaval anterior.
No ano de 2011, a Mocidade continuou com Cid Carvalho como carnavalesco, Nêgo como cantor oficial, junto com Rixxah e falou sobre a história da agricultura e da agropecuária, com o enredo A Parábola dos Divinos Semeadores. O enredo foi de difícil interpretação, além de não ser bem desenvolvido durante o desfile. Rogério Andrade, filho de Castor, se tornou o presidente de honra da escola. tendo sua mulher Andrea, como rainha de bateria. mesmo com alegorias e fantasias superiores aos últimos anos, a escola não mostrou bom nível de desfile, ficando aquém das outras agremiações, em 7° lugar, não desfilando nas Campeãs.
Para 2012 a Mocidade trouxe como carnavalesco Alexandre Louzada, o grande campeão do carnaval 2011 e o intérprete Luizinho Andanças (ex-Porto da Pedra). Trouxe também a Superdireção de Bateria, idealizada por Andrezinho (ex-Grupo Molejo), na qual além do próprio contará com o atual diretor de bateria (Mestre Berêco) e Mestre Dudu, tendo como rainha de bateria Antônia Fontenelle. A escola apresentou o enredo "Por ti, Portinari. Rompendo a tela, à realidade". Um desfile grandioso, superior aos dos últimos anos, com um grande acabamento plástico . Porém, a escola terminou na 9ª colocação.
Antes do carnaval 2012, a verde e branco de Padre Miguel foi a primeira escola a definir seu tema para 2013, que será sobre o Rock In Rio, sendo definido num encontro com o presidente da escola (Paulo Vianna), o carnavalesco Alexandre Louzada com o idealzador do festival Roberto Medina, com o título "Eu vou de Mocidade com samba e Rock in Rio - Por um mundo melhor". mostrando alegorias e fantasias com materiais alternativos. A bateria, apesar da ótima apresentação, recebeu apenas uma Nota 10. Terminando em 11º Lugar, com 293.5, escapando por pouco do rebaixamento.
Retorno dos Andrades no poder
Dudu Nobre, grande torcedor da escola. Um dos compositores do samba-enredo de 2014, além de ser o intérprete da agremiação em 2014, ao lado de Bruno Ribas.
Para 2014 a escola trouxe de volta Rogerinho e Lucinha Nobre, como mestre-sala e porta-bandeira e Paulo Menezes, como carnavalesco . Além de mudanças no comissão de frente, direção de carnaval e harmonia . Tendo o enredo "Pernambucópolis" numa referência direta ao enredo “Tupinicópolis”, de 1987. onde o carnavalesco Fernando Pinto, voltar a Pernambuco num olhar cultural da terra. na final de samba-enredo, a pareceria do cantor Dudu Nobre venceu arrasadoramente as outras parcerias. tendo nessa final, a coroação da nova rainha de bateria (Ana Paula Evangelista ) e a última participação de Luizinho Andanças, que dias depois, foi demitido . retornando Bruno Ribas que faz dupla com o cantor Dudu Nobre .
Perto do carnaval, o presidente Paulo Vianna foi afastado temporariamente pela justiça por irregularidades e má administração. tendo seu vice Wandyr Trindade, mais conhecido como Macumba , assumindo a presidência, já trocando de rainha de bateria que na visão da nova direção, Ana Paula Evangelista era indicação do novo antigo presidente . além de Rogério Andrade, que manda de vez, como patrono da escola.
Em 2015, a escola que tem Rogério Andrade, no poder embora sendo patrono. mudou ao fazer a contratação do melhor carnavalesco da atualidade Paulo Barros ao retirar-ló da campeã de 2014 (Unidos da Tijuca). Além disso, trouxe os coreógrafos Jorge Teixeira e Saulo Finelon, responsáveis pela surpreendente apresentação na Grande Rio. Lucinha Nobre permanece na agremiação, agora como novo parceiro Diego Jesus. O enredo para 2015 é "Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria se só lhe restasse um dia?" que fala sobre o fim do mundo. Esse enredo foi baseado numa música de Paulinho Moska e Billy Brandão e a agremiação inovou com um desfile legendado, com legenda nas alegorias e balões de texto nas alas, ignorando o fim do mundo, acabou na 7ª colocação.
Bateria
É a única escola de samba do Rio de Janeiro que obteve nota máxima até hoje no quesito Bateria, a Mocidade foi quatro vezes em seguida nota 10 na tão tradicional bateria de Padre Miguel, A primeira bateria a fazer coreografias na história do canaval.
Sua bateria é chamada de Bateria Nota 10 de Mestre André , ou Bateria Nota 1000 ou também Bateria Não Existe Mais Quente . E considerada pela crítica como a " Melhor Bateria " de todos Carnavais. Foi a primeira bateria a encapar os instrumentos. A Mocidade na época por ser uma escola nova, inovou tudo. A bateria da Mocidade tinha 27 elementos, enquanto as outras escolas tinham entre 180 e 200. O Canhoto inventou três baquetas no tamborim. Com isso, quatro tamborins faziam o som de 20. Tião Miquimba e Mestre André inventaram o surdo de terceira .
Em 1959, a bateria, sob a batuta de Mestre André, deu pela primeira vez a célebre “paradinha” em frente à comissão julgadora, mantendo o ritmo para que a escola continuasse evoluindo. O povo passaria, mais tarde, a acompanhar tal “bossa” com o grito de “Olé”. Durante este período, a Mocidade era conhecida como “uma bateria que carregava a escola nas costas”, pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola,
Em 1969, O dia em que a Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel sambou a única bateria que desfilou sambado.
Em 1974, A Bateria de Padre Miguel ganhou seu primeiro Estandartes de Ouro.
Em 1976, Por ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10
Em 1980, Foi a primeira escola a ter uma rainha, ainda na década de 80, e também em 1984 a primeira escola a ter uma rainha de bateria famosa que desfilou à frente de seus ritmistas, foi Monique Evans em 1985, nos anos seguidos foi campeã do carnaval e ainda com edesfiles em 1986 e 1987.
Em 1989, Mestre Jorjão (discípulo de Mestre André), estréia no comando da Bateria nota 10, depois de ser segundo mestre da Mocidade por 5 anos. A bateria nesse ano fez várias paradinhas e a Mocidade fez um desfile muito bonito no tributo a Elis Regina, tirando a nota máxima 10!
Em 1990, A Bateria de Mestre Jorjão faz um tributo a Mestre André e leva a escola para o seu campeonato. Em 1991 a bateria do Mestre Jorjão volta com a mesma garra e escola ganha o bi-campeonato com o enredo "Chuê Chuá as águas vão rolar!" Jorjão ganha o seu primeiro Estandarte de Ouro.
Em 1992, Mestre Jorjão ganha a nota máxima 10 e ganha seu segundo Estandarte de Ouro! Jorjão continua na escola até 1994, voltando em 1999 (Villa Lobos e a Apoteose Brasileira) ao comando da bateria.
Em 2003, a bateria da escola recebeu nota 8.2 do julgador Téo Lima, nota essa que causou muita revolta dos torcedores da escola, mesmo assim a Mocidade terminou em 5° lugar.
Em 2007, os ritmistas da Mocidade batem recorde de tempo em paradinha A bateria vem fantasiada de bonecos de barro do mestre Vitalino e fazem alusão às feiras nordestinas. Mestre Jonas congela na Avenida durante 15 segundos . sendo quebrado esse recorde, pela Mangueira, nos anos de 2011 e 2012.
Em 2009, Um fiasco total, O pior desfile da Mocidade, depois de muito anos a Bateria de Padre Miguel voltou a carregar a escola nas costas teve três notas 10 e um 9.9 - nota que foi considerada um escândalo, para muito sambistas. A tão Famosa Bateria de Padre Miguel Podia voltar a ser nota 10, mas isso não aconteceu.
Em 2011, Sob o comando de Mestre Bereco, a bateria de Padre Miguel honrou sua tradição e contagiou o público com uma paradinha ousada. Num determinado momento, o grupo parava completamente e deixava apenas os componentes cantarem, garantindo assim um momento apoteótico, Mas mesmo voltou ao passado e revivido paradinhas do tempo de Mestre André não teve muito sorte com os jurados, um julgador que já tinha julgado a Mocidade, Em 1984 e deu nota 5 para Padre Miguel. Se não tivesse tirado essa nota seria campeã do carnaval.
Em 2012, quase uma década sei tem nota 10 em Padre Miguel, a Mocidade renovou todas sua bateria para 2012. pela primeira vez, um conjunto de profissionais vai comandar a Bateria de uma escola de samba. Será assim com a Super Direção da Bateria da Mocidade, Mestre Odilon, colecionador de notas máximas e com experiência em diversas escolas, Andrezinho, Dudu e Bereco, sendo que por não ter ido a coroação da nova rainha de bateria, Odilon deixou a escola. a bateria de Padre Miguel é a única que tem um hino sobre ela mesma, Música Salve a Mocidade.
Fonte: rio-carnival

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