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segunda-feira, 9 de março de 2015

Madonna acelera o lançamento oficial de 'Rebel heart'


A queda que interrompeu a performance de Madonna no encerramento dos Brit Awards, no mês passado, representa o caos ordenado em que a rainha do pop escolheu
se envolver para a criação de 'Rebel heart', álbum que chega ao Brasil nesta semana. Derrubada com o puxão de uma capa amarrada ao pescoço, a cantora levantou-se e seguiu a interpretação de 'Living for love', carro-chefe do disco, sem demonstrar abalo após o acidente, que lhe causou uma entorse cervical.






“Se eu não estivesse em boa forma, não teria sobrevivido àquela queda. Mas sou forte”, disse ao The New York Times. A agilidade com que retomou seu número é a mesma que demonstrou ao rebater o vazamento de 13 gravações de 'Rebel heart' ainda em estágio inicial, no fim de 2014. Ela antecipou o lançamento de seis faixas já finalizadas, entrando no jogo ditado pela velocidade da internet.

A degustação já dava ideia de um trabalho bem mais interessante que os dois anteriores ('Hardy candy' e 'MDNA'). O álbum completo (25 faixas) revela uma artista ainda mais ágil em captar tendências, munida de produtores que conduziram sua música a caminhos mais frescos do que os explorados na última década.

Kanye West, Avicii e Diplo são os principais guias musicais de 'Rebel heart' — daí sua sonoridade desordenada, por vezes confusa. Mas é a força da qual Madonna se gaba que transparece como combustível e condutor do novo trabalho. Nas canções, vantagens físicas dão lugar à marca forte do status conquistado ao longo dos mais de 30 anos de carreira.

Ainda que sua voz limitada não tenha ganhado muito desde o treinamento que a aperfeiçoou para 'Evita' (1996), é na arriscada combinação de colaboradores tão divergentes que a artista prova sua coragem. Se não fosse um álbum embalado em sua personalidade, a combinação não soaria uniforme. O experimentalismo que consagrou o time de parceiros também confere fôlego aos momentos mais espontâneos do CD, como quando 'Unapologetic bitch' funde reggae com EDM. Sob esse aspecto, Rebel heart realça a luta de Madonna contra quem menospreza a relevância de sua produção atual, especialmente por conta de seus 56 anos.

“Mulheres, em geral, quando chegam a uma certa idade, aceitam que não devem se comportar de uma certa maneira. Mas não sigo regras. Nunca o fiz e não vou começar agora”, disse à Rolling Stone. Autoafirmativa, 'Bitch I’m Madonna' é tão bem-humorada quanto qualquer outro trap assinado por Diplo e cresce com a inserção de Nicki Minaj, ao contrário das aparições no disco anterior.

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