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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

MARCOS LESSA: COM VOZ MARCANTE E MUITO CARISMA.

CHAMADA-MARCOS-LESSA

Marcos Lessa é cearense, nascido e criado em Fortaleza, e tem o dom de cantar. Com uma voz marcante – que não é fácil encontrar por aí-, muito carisma, técnica, amor pela música e jovialidade, Lessa vem encantando plateias por todo o Brasil.
O cantor se tornou conhecido pelo grande público ao participar do programa “The Voice Brasil”, em 2013. Logo em sua primeira apresentação, foi elogiado por Carlinhos Brown:
“Seus graves são excepcionais. Não importa quem você escolher, sua voz é uma fortaleza e me emocionou. Me lembrou uma das vozes mais belas do Brasil: Emílio Santiago” _Disse Brown
Marcos Lessa chegou a semifinal do programa, quando fez uma apresentação memorável de “Travessia”, de Milton Nascimento. 
De lá pra cá, Lessa foi amadurecendo sua arte e conquistando cada vez mais espaço na música brasileira. Primeiro com o CD “Entre o Mar e o Sertão” e atualmente em turnê com “Estradas: um tributo a Gonzaguinha”, CD lançado no fim de 2015 em comemoração aos 70 anos de Gonzaguinha.
E ninguém melhor que o próprio Marcos Lessa para contar um pouco mais de sua história e inspirações. Essa entrevista é quase uma aula sobre música popular brasileira.

Antes de mais nada, quem é Marcos Lessa?

“Marcos Lessa é um cantor e compositor cearense, de 25 anos, que tem procurado desde que começou a cantar, defender com militância a música feita no Brasil e a música feita no Ceará. Procuro dar nova roupagem a essas músicas, e a essa escola de se fazer música, pela qual eu me apaixonei: com harmonia, com melodia, com letra, com pesquisa e sem perder o lado comercial. Músicas geniais como “Vai Passar” , de Chico Buarque e Francis Hime, é uma música genial e um hino de toda uma geração. Marcos Lessa é um cantor que poderia estar buscando atalhos através de estilos musicais que dessem sucesso mais efêmeros e imediatos, mas vai fazendo seu trabalho de formiguinha. É meio velho (risos) tem praticamente 70 anos de idade, pensa como alguém que nasceu nesse tempo e carrega um pouco consigo um legado dos barítonos populares, de uma escola de cantar de Simonal, de Dick Farney e de Frank Sinatra, até! Tá na luta, na defesa da música popular brasileira e de cada vez mais fazer chegar nas pessoas como eu vejo o mundo através das minhas canções.”

Como iniciou na música, o que e quem mais te inspirou a seguir este ofício?

“Eu comecei na música, eu acho que na barriga da minha mãe ainda, meu pai era músico erudito, tocava em orquestra e minha mãe sempre ia lá nos ensaios, na catedral, e dizia que eu ficava mexendo na barriga quando a orquestra começava a tocar. E também ver o meu pai, músico, desde pequeno em casa, tocando e ouvindo música brasileira e muita música clássica, com certeza isso e estimulou bastante. Se eu for buscar minha primeira memória, eu já queria ser cantor! As memórias que eu tenho da minha vida já são memórias onde já tinha o sonho de viver da música. Isso se soma também, e acho que até mais forte ainda, na família da minha mãe, que todos os tios dela são seresteiros, tocam violão e tem uns vozeirões graves. Na família da minha mãe está bem presente isso! Inclusive, esse meu lado compositor vem da minha mãe que é compositora, escritora de livro infantil, contadora de história. Então sempre foi muito forte isso em mim de querer viver da música.
Com 12 anos, mais ou menos, eu ouvi no rádio a Elis Regina, e quando acabou a música eu ouvi também, pela primeira, vez esse nome: Elis Regina. Foi através da Elis que eu me apaixonei mais ainda pela música brasileira. Ela foi um fio condutor, eu ouvi todos os discos dela, aí veio “Bala com bala”, música que ela gravou em 72, aí eu via que o compositor foi João Bosco, aí eu ia ouvir João Bosco. Vi que ela gravou “Rebento” do Gil, em 80, aí fui ouvir Gil, vi que ela gravou “Mundo Novo Vida Nova” em 79, e assim que eu comecei, neste tempo já, o meu estudo de música popular brasileira e a saber o nome dos compositores de cada música. Através dessa paixão que eu fiquei pela Elis, foi que eu quis levar esse sonho de ser músico, que já estava dentro da minha família, para ser cantor, né?! Adentrei mesmo! De cara, assim, de saber quais foram os músicos que tocaram com ela em cada faixa de quase toda a discografia. Então, a minha grande, GRANDE inspiração de ser cantor foi mesmo Elis Regina. Depois foram surgindo novas referências, né?! Como o próprio Gonzaguinha e Tom Jobim, eu ouvi muita bossa-nova, muito! Mais pra frente fui ouvir o povo da minha terra também, Fagner, para ser um cearense também que cantasse o forró com o sotaque do ceará. Mas a primeira referência depois dessa ligação da minha família, de querer ser cantor, sem dúvida alguma eu posso dizer com toda tranqüilidade que foi a Elis!
E esse ano está fazendo 10 anos que eu entrei em estúdio pela primeira vez, mas considero que virei cantor profissional, em 2010, já com 19 pra 20 anos. Foi quando comecei a cantar com Manassés e Souza, que é um grande instrumentista do Ceará. Ele gravou com todo mundo! Gravou com Caetano, com Raul Seixas, fez uma história acompanhando Fagner, fazendo arranjo dos principais sucessos do Fagner. Ele me viu cantando, em Guaramiranga, que é uma serra lá no Ceará, e me chamou pra banda dele. Ele criava no show um momento me apresentando, eu entrava no palco e fazia 10 músicas com ele, cantando os compositores cearenses: Belchior, Ednardo, Fagner, Petrúcio Maia, Fausto Nilo, que também são grandes referências no meu trabalho. E aí o Manassés foi morar em Brasília, e eu fiquei em Fortaleza, o meio musical ficou me conhecendo bastante, por causa dessa ligação com Manassés e eu montei a minha banda, que está comigo até hoje, e foi quando eu comecei a cantar profissionalmente fazendo shows, ganhei alguns festivais, cheguei a fazer show em Brasília, Natal, Porto Velho. Então aí já estava bem definida a minha posição na música popular brasileira. Então o “The Voice” chegou, em 2013, eu já estava há 3 anos cantando profissionalmente, eu já tinha uma certa estrutura. O “The Voice” divulgou o meu nome e minha imagem. Começamos a viajar o Brasil, fiz dois shows em Nova Iorque e um, inclusive, no Blue Note, que é um templo do Jazz. Então foi depois do “The Voice” que deu essa ampliada na minha carreira, que saiu de nível regional, para ir a nível nacional.”

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