Ontem à noite aconteceu em Los Angeles a cerimônia de entrega do Oscar, premiação mais importante da indústria cinematográfica.
Em um ano com grandes filmes disputando o prêmio máximo, um dos destaques ficou para o prêmio de Melhor Ator que finalmente foi para Leonardo DiCaprio por seu papel em O Regresso.
Você pode ver a lista com os vencedores das principais categorias logo abaixo.
Melhor Filme – Oscar 2016
Spotlight (Segredos Revelados) – VENCEDOR
The Big Short (A Grande Aposta)
Bridge Of Spies (Ponte dos Espiões)
Brooklyn
Mad Max: Fury Road
The Martian (Perdido em Marte)
The Revenant (O Regresso)
Room (O Quarto de Jack)
Melhor Atriz
Brie Larson – VENCEDORA
Cate Blanchett
Jennifer Lawrence
Charlotte Rampling
Saoirse Ronan
Melhor Ator
Leonardo DiCaprio (O Regresso) – VENCEDOR
Bryan Cranston (Trumbo)
Matt Damon (Perdido em Marte)
Michael Fassbender (Steve Jobs)
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)
Melhor Diretor
Alejandro G. Iñárritu (O Regresso) – VENCEDOR
George Miller (Mad Max)
Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack)
Tom McCarthy (Spotlight – Segredos Revelados)
Adam McKay (A Grande Aposta)
Melhor Ator Coadjuvante
Mark Rylance (Ponte dos Espiões) – VENCEDOR
Christian Bale (A Grande Aposta)
Mark Ruffalo (Spotlight)
Sylvester Stallone (Creed)
Tom Hardy (O Regresso)
Melhor Atriz Coadjuvante
Alicia Vikander (A Garota Dinaarquesa) – VENCEDORA
Provável show no Brasil não deve ser a última apresentação da banda, como especulou-se
Por Thayná Maffei
Há alguns dias a gente falou por aqui sobre como os boatos de shows do Black Sabbath na América do Sul, e consequentemente no Brasil, ganharam força após um jornalista argentino e outro brasileiro terem revelado datas em que a banda tocaria por aqui.
O último show da turnê seria em São Paulo no dia 04 de Dezembro e, dessa forma, tornou-se grande a possibilidade de que o último show da carreira de Ozzy e companhia acontecesse em terras brasileiras.
Acontece que, como bem apontou um leitor do TMDQA!, em Janeiro o baterista do Rival Sons, revelou que a turnê The End deve continuar em 2017.
O Rival Sons tem sido a banda de abertura nos shows pela América do Norte, onde a última data confirmada é no dia 21 de Setembro, em Phoenix, e o músico falou:
AS DATAS VÃO ATÉ 2017, MAS AINDA NÃO FORAM ANUNCIADAS. NEM SABEMOS AINDA QUAIS SÃO. ACHO QUE ESTA TURNÊ AINDA CONTINUARÁ POR UM TEMPO.
TEMOS DATAS ATÉ SETEMBRO. É INACREDITÁVEL E UMA HONRA SER CONVIDADO PELO OZZY E PELA SHARON PARA SER A BANDA DE ABERTURA EM SUA TURNÊ DE DESPEDIDA.
Resumindo, é bem provável que a turnê do Black Sabbath realmente passe pelo Brasil, mas o último show da história da banda não deve ser por aqui.
Naturalmente muita coisa pode mudar até lá, e é necessário levar em consideração até mesmo o estado de saúde dos integrantes. A turnê tem sido marcada com datas espalhadas justamente porque o guitarrista Tony Iommi precisa fazer a manutenção de um tratamento contra o câncer de tempos em tempos.
Após os primeiros shows da turnê, o Sabbath foi obrigado a remarcar algumas apresentações porque Ozzy sofreu com uma sinusite. Ou seja, o local do derradeiro show do influente grupo é uma grande incógnita.
Aguardemos.
Black Sabbath
A turnê The End, como o nome bem diz, será a última do lendário grupo, e teve início no dia 20 de Janeiro em Nebraska, nos Estados Unidos.
As datas incluem, até agora, passagens pela Oceania e Europa, antes de retornar à América do Norte.
Informações dão conta de que em Novembro e Dezembro a turnê passe pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, mas ainda sem confirmação por parte da banda.
Black Sabbath e Rival Sons
Black Sabbath - "Black Sabbath"
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Samba: Cem anos de cultura popular
Carnaval ajudou a inserir o ritmo musical no imaginário das pessoas
Uma das maiores representações da música brasileira, o samba completa neste ano um século desde sua primeira gravação musical, datada de novembro de 1916. Na ocasião, a música Pelo telefone, de Donga (1889-1974) e Mauro de Almeida (1882-1956), estourou e fez o Brasil todo abrir os olhos para um ritmo que começava no Rio de Janeiro, com batuques e letras fortes.
Alguns dos mais conhecidos nomes da música concordam que o estilo pode ser considerado o mais importante de todos os tempos, até mesmo para gerar outros ritmos, como a bossa nova, a MPB e o samba-rock. "O samba foi quem iniciou as referências que esses segmentos levam em suas características. Foi o embrião de tudo", diz Osvaldinho da Cuíca.
Para Leci Brandão, o gênero só se fortaleceu por conta da persistência. "Antigamente, era diferente. No começo, tudo era mais difícil. Ao longo dos anos, o samba foi abrindo espaço, mostrando a que veio." Segundo Martinho da Vila, o ritmo, antes estereotipado, hoje se fortaleceu. "Está consolidado, com bastante ajuda do Carnaval. Atualmente, o samba se mistura a ritmos diversos, e existe mais liberdade de criação", revela.
É o que também pensa o escritor, músico e especialista em samba Luís Filipe Lima. Para ele, o samba de 1990 para cá continua seguindo tendências antigas, mas conseguiu inovar. "Principalmente a geração que surgiu forte a partir dos anos 1980, com Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Fundo de Quintal. São artistas que continuam atuais", avalia.
Segundo ele, a importância do samba para o Brasil se confunde com a própria história do País. "Aconteciam revoluções no Brasil e também no samba. Podemos traçar um paralelo. Na última década do século 19, por exemplo, ocorreu uma forte migração de nordestinos para o Rio. Eles vinham tentar a sorte na cidade grande. Com isso, surgiram na época muitos compositores que ajudaram a alavancar o samba."
Artistas mais jovens do samba, como Dudu Nobre, têm inspirações parecidas com os da velha guarda, como Osvaldinho da Cuíca. Além disso, em comum eles também têm as músicas que marcaram suas trajetórias, das quais se lembram com carinho. "Nunca vai haver um ritmo musical mais forte e mais revolucionário", opina Osvaldinho. "Há muitas músicas lendárias, como as de Cartola (1908-1980)", completa ele.
Referência para outros artistas
Martinho da Vila é um dos mais conhecidos sambistas
Para Martinho da Vila, servir de referência para outros colegas sambistas é uma honra. Alegre, brinca que se sente uma espécie de paizão dos artistas mais novos. "Eu sou um tio, um paizão da nova geração. E ser referência é bom, pois eu criei esse negócio chamado de samba", diverte-se. De fato, ele se destacou nas escolhas pessoais dos artistas com relação aos sambas mais memoráveis de todos os tempos. "É uma honra fazer parte do samba e ter podido criar algumas das letras mais lendárias e cantadas", reforça.
Agradecido, Martinho se diz recompensado por tudo o que já fez. E ressalta que a melhor coisa foi ter, em 1970, abandonado as profissões de escrevente e contador para se dedicar ao samba. "Foi um passo enorme na minha vida. O público me dá força. Adoro ver o carinho dos colegas músicos e dos fãs que me abraçam por onde quer que eu vá, sempre cantando minhas canções."
O preconceito como barreira
Leci Brandão reclama que poucas rádios abrem espaço
Para sambistas conhecidos, o preconceito contra o samba foi um dos principais percalços que o estilo passou, mas a discriminação ficou para trás. "Antigamente, o cara era chamado de bandido, era perseguido. Hoje não, isso já acabou", declara Martinho da Vila.
O integrante do Demônios da Garoa Sérgio Rosa conta que, principalmente nas apresentações do grupo paulistano, ele consegue ver uma grande mistura de classes sociais. "Percebo desde as classes mais favorecidas até as menos. O samba é tão forte que une ricos e pobres", comenta.
Para Leci Brandão, porém, o preconceito existe ainda no meio do rádio. "Eu não consigo entender por que ainda há rádios que não tocam samba, que acham que só MPB é bacana. Elas não sabem que foi o samba que começou tudo?", questiona.
Filmagem da apresentação nunca foi lançada oficialmente
Ao final dos anos 60, Jimi Hendrix e sua banda se apresentaram algumas vezes no Royal Albert Hall em Londres, sendo a última delas no dia 24 de Fevereiro de 1969. Embora o concerto tenha sido filmado na ocasião, o show nunca foi lançado oficialmente. Mesmo assim, tanto áudio como vídeo da performance são bastante conhecidos pelos fãs do artista por conta da divulgação do conteúdo em bootlegs não autorizadas.
Um desses fãs fez o upload da apresentação completa em alta qualidade e você pode assisti-la no final da publicação. Essa foi uma das últimas vezes que o The Jimi Hendrix Experience subiu aos palcos em sua formação original, com o baixista Noel Redding.
Abaixo você vê o setlist tocado:
“Lover Man” “Stone Free” “Hear My Train a Comin’” “I Don’t Live Today” “Red House” “Foxy Lady” “Sunshine of Your Love” “Bleeding Heart” “Fire” “Little Wing” “Voodoo Child (Slight Return)” “Room Full of Mirrors”
O admirável Ney Matogrosso presenteia Brasília com o show Atento aos Sinais, com única apresentação no Centro de Convenções Ulysses Guimarães no dia 16 de abril (sábado), às 21 horas. São 40 anos de uma bem-sucedida carreira.
Durante a apresentação, Ney interpreta composições de nomes como Itamar Assumpção, Vitor Ramil, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Lenine, Cazuza e Frejat, entre outros. Um dos destaques é a música “O amor”, cantada por ele mesmo no disco de estreia dos Secos & Molhados.
Outras músicas confirmadas no repertório são “Vida louca vida”, de Lobão, “Ex-amor”, de Martinho da Vila, “Incêndio”, de Pedro Luis, “Roendo as unhas”, de Paulinho da Viola, e “Oração”, de Dani Black, canção que inspirou o título da turnê – “Olhos nus e atento aos sinais / Faço fé pra poder ver / A vida há de ser sempre mais”, diz um trecho da letra.
O cantor sobe ao palco acompanhado do tecladista Sacha Amback, que também dirige o espetáculo, dos percussionistas Marcos Suzano e Felipe Roseno, do baixista Dunga, dos guitarristas Mauricio Negão e Mauricio Almeida, do trompetista Aquiles Moraes e do trombonista Everson Moraes.
Sem paralelo
Um dos mais inquietos intérpretes da história da música brasileira, o sul-matogrossense de Bela Vista, que nasceu em 1º de agosto de 1941, tem entre as principais marcas a versatilidade, a ousadia e a invenção.
Artista multimídia, ele também tem no currículo atuações como ator, pintor, coreógrafo, artesão e iluminador.
Um dos primeiros trabalhos na vida foi em Brasília, no laboratório de anatomia patológica do Hospital de Base.
O nome artístico foi adotado em 1971, quando ele se mudou para São Paulo. Pouco depois, conheceu o músico João Ricardo, com quem gravaria dois discos na banda Secos & Molhados. O grupo teve ainda o violonista e cantor Gerson Conrad como integrante na formação considerada clássica.
Na famosa capa do álbum de esteria, em 1973, que traz as cabeças dos músicos servidas sobre uma mesa com "artigos de secos e molhados", o quarto membro presente é o baterista Marcelo Frias.
O disco vendeu 1,5 mil cópias em uma semana. Em dois meses, já eram 300 mil discos comercializados. Em um ano, o álbum chegou à marca de 1 milhão de cópias – deixando para trás campeões de vendagens da época, como Roberto Carlos.
Ney Matogrosso durante show em São Paulo
Ney deixou a banda em 1974, após desentendimento com João Ricardo e o pai dele, João Apolinário, que “gerenciavam” a banda. Dos dois discos gravados saíram clássicos como “Rosas de Hiroshima”, “O vira”, “Sangue latino”, “Flores astrais”, “Oh! Mulher infiel” e “Fala”.
Solo no céu O primeiro álbum solo, “Água do céu”, chegou às lojas em 1975. Ney continuou a se desenvolver como artista transgressor, provocando no visual, no timbre único de voz e na forma como se apresentava no palco, mesclando música, dança e teatro – ele chegou a ser ameaçado durante a ditadura miltar por causa do comportamento, considerado "perigoso".
Ney Matogrosso
Entre os principais sucessos da carreira estão “Homem com H”, "Vereda tropical”, “Por debaixo dos panos”, “Não existe pecado ao sul do Equador”, “Amor objeto”, “Tanto amar” e “Promessas demais”, entre outros.
Ao longo da carreira, gravou discos com nomes importantes da música nacional, como o violonista Raphael Rabello, Aquarela Carioca e Pedro Luis e a Parede. Outro destaque da discografia é a homenagem que ele fez a Cartola, com dois álbuns gravados entre 2002 e 2003, um deles ao vivo.
Na década de 1980, entrou para a história do rock nacional quando ajudou a lançar o Barão Vermelho de Cazuza ao gravar “Pro dia nascer feliz”. Outro feito de Ney em incursões pelo gênero musical foi quando introduziu no Brasil o conceito de raio laser na iluminação de shows, na turnê que rendeu a gravação do disco “Rádio pirata ao vivo”, do RPM.
Ney Matogrosso – “Atento aos sinais”
Data: 16 de Abril (sábado) Horário: 21h Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães Duração: Aproximadamente duas horas Abertura do teatro: uma hora antes do inicio do espetáculo
Vin Diesel volta a interpretar papel de sucesso nos cinemas
A Paramount definiu a data de estreia de xXx: The Return of Xander Cage, o terceiro filme da série Triplo X. Vin Diesel e suas tatuagens voltam ao cinema, nos EUA, no dia 20 de janeiro de 2017.
O longa tem D.J. Caruso (Paranoia, Eu Sou Número Quatro) na direção e roteiro de Michael Ferris e John Brancato. Além de Diesel, o elenco conta ainda com Donnie Yen, Nina Dobrev,Rubi Rose, Toni Collette, Tony Jaa, Deepika Padukone, Samuel L. Jackson e o lutador de UFC Conor McGregor.
Antes de começar a gravar Velozes e Furiosos 8,Vin Diesel reprisará outro papel em que também fez sucesso. O ator vem trabalhando nas gravações do terceiro filme da franquia Triplo X.
A sequência já está sendo gravada, e contará com Xander saindo de um exílio auto imposto, para enfrentar um guerreiro alfa chamado Xiang. Para enfrentá-lo, o personagem de Diesel terá que encontrar uma arma imparável, conhecida como “Caixa de Pandora”. Para tal missão, ele recrutará um novo time.
Esse será o primeiro longa da franquia desde Triplo X 2 – Estado de Emergência, lançado em 2005.
Intitulado originalmente como xXx: The Return Of Xander Cage, a produção terá em seu elenco nomes como Samuel L. Jackson, Nina Dobrev, Ruby Rose e Deepika Padukone.
A série de shows faz parte do projeto Nivea Viva!, em homenagem ao rock nacional e as apresentações começam em Porto Alegre e seguem para o Rio, Recife, Fortaleza, Salvador, Brasília e São Paulo
Um dos gêneros mais prolíficos do Brasil receberá uma homenagem à altura em Porto Alegre. Um supergrupo formado por Paralamas do Sucesso, Paula Toller, Nando Reis e Pitty subirá ao palco em 3 de abril para cantar sucessos do rock nacional – o local exato do show não está confirmado.
A apresentação, que será gratuita, faz parte do projeto Nivea Viva, que já trouxe à Capital tributos a Tim Maia, Elis Regina, Tom Jobim e ao samba. Além de Porto Alegre, Rio, Recife, Fortaleza, Salvador, Brasília e São Paulo recebem shows.
A turnê foi anunciada em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, em São Paulo, com a presença dos astros e de Liminha, produtor musical responsável pelo projeto. Segundo ele, a escolha pelo rock era inevitável, já que a proposta é homenagear marcos da música nacional. Para o produtor – que também subirá ao palco para tocar baixo – os anos 1980 deverão receber maior atenção, devido ao sucesso que o rock nacional fez neste período.
– Não vamos contar só a HISTÓRIA da música, mas também a história do Brasil – corrobora Nando Reis, empolgado com os shows e com a amplitude das apresentações.
NA MADRUGADA DO DIA 22 DE FEVEREIRO, QUASE DUAS SEMANAS APÓS O CARNAVAL NOS CHEGA A TRISTE NOTÍCIA DO FALECIMENTO DO FERA DA PERCUSSÃO MESTRE TRAMBIQUE, EM DECORRÊNCIA DE UM CÂNCER.
José Belmiro Lima chegou de Minas Gerais ainda antes de um ano de idade ao Rio se formou na escola do samba e foi mestre de uma geração inteira de músicos. Não há um percussionista sequer no mundo do samba que não o conhecesse e o referenciasse como professor.
Sujeito de poucas palavras e de um humor típico dos sambistas malandros do subúrbio, era figura carimbada em discos e shows clássicos do samba. E dentre outros grandes feitos foi fundador da Herdeiros da Vila, escola de samba mirim de Vila Isabel.
Acompanhou com a maestria da sua percussão diversos nomes da música como: Ney Matogrosso, João Nogueira, Cartola, Wilson das Neves, Wilson Moreira e Bezerra da Silva.
A última vez que o vi em cena foi em show do Moacyr Luz e Makley Mattos no Carioca da Gema em 2007, se não me trai a já combalida memória, em que contavam com um time de primeira. Gabriel Cavalcanti no cavaco, Carlinhos nas 7 cordas, e Zero (outro fera dos tambores) fazendo a cozinha da batucada. Quando cheguei eles tocavam a musica Zuela de Oxum parceria de Moacyr com Martinho da Vila gravada no CD Samba da Cidade, canção que sempre me emociona quando escuto.
Zuela de Oxum com Moacyr Luz e Armando Marçal (outro fera vivo da percussão, herdeiro do legado Marçal – que deveria me render outra matéria em breve)
Eu como nascido e criado em Vila Isabel e pretenso músico, não tardei em atender ao chamado do samba e me aventurei alguns anos da minha vida por esse difícil labor. Quando moleque ainda, despertando interesse pela música e pelos tambores, meu pai ( outro vilisabelense convicto) que era amigo do Trambique me levou até a Praça Sete reduto da malandragem de outrora num samba que rolava em uma oficina mecânica na esquina com a rua Luis Barbosa e me disse:
– Aquele ali é o cara vamos lá que vou te apresentar ele. Disse o coroa.
Conversamos alguns minutos e eu escutava atento seus conselhos…Quando pra minha surpresa ele saca de sua bolsa um reco-reco de madeira que ele mesmo produzia e que logo se tornou objeto de desejo entre os percussionistas do samba, peça que era item de disputa nas lojas do gênero e estava sempre em falta.
Hoje em dia o samba dorme em meu coração, logo que eu me tornei pretenso comunicador, e o reco reco que estava aqui guardado em casa como um instrumento sem uso, agora alça ao status de relicário.
O reco-reco mais disputado do mundo do samba
Descanse em paz Mestre Trambique. Vila Isabel e suas calçadas músicas te rendem toda a homenagem que mereces.
Ontem à noite (24) a banda britânica The Rolling Stones fez o primeiro de dois shows em São Paulo, no estádio do Morumbi, e o TMDQA! esteve lá para cobrir o evento que teve abertura dos brasileiros do Titãs.
Logo abaixo você pode ver vídeos do show do Rolling Stones em São Paulo.
Divirta-se!
Rolling Stones em São Paulo (24/02/2016)
Qual é a primeira coisa que alguém pensa quando um show do Rolling Stones é anunciado por aqui? “Nossa, melhor ir agora porque eles não voltam mais”. Desde quando os Stones desembarcaram por aqui, em 1995, o mundo já apostava em quanto tempo Mick Jagger e companhia ainda teriam de estrada. Quantas vezes já aposentaram os Rolling Stones? Mais do que eu consigo me lembrar agora, mas sendo bem sincero, enquanto escrevo sobre o que aconteceu agora há pouco no estádio do Morumbi, falem o que quiser da banda. Mas falem depois de testemunhar o que esses senhores fazem em cima de um palco.
Às 21:15 dessa quarta-feira até a chuva de São Paulo parou pra ver os Rolling Stones. Apagaram-se as luzes e num estalo surgiram Keith Richards, sua Fender Telecaster surrada e aquele dó maior de “Start Me Up”, que faz qualquer homem feito chorar. A partir daí não tinha mais o que fazer, o estádio era de Mick Jagger, a personificação de tudo o que rock representa em sua forma mais pura e hipnotizante. E justiça seja feita, ele ainda tentou avisar, era só rock n´roll, nada demais, mas já era tarde e o público acompanhava o frontman por todos os cantos do palco. “Como esse cara faz isso?”, “Sério que ele tem quase 70 anos?”, foram umas das coisas que eu ouvi por ali. Achei deselegante interromper e corrigir: são 72 anos. 18 desde o último show por aqui. “Dezoito anos, hein!? Não acredito, Sampa”, falou em português. Até “beijinho no ombro” teve.
Quando ele anunciou e a banda começou “Beast of Burden”, uma impressão virou certeza: nenhuma dupla na história do rock tem o entrosamento de Keith Richards e Charlie Watts. Que coisa linda de se ver/ouvir. O baterista, preciso como um relógio, e de longe o stone mais sério – no alto dos seus 74 anos e sempre com aquela cara de “eu poderia estar em casa tomando um chá, mas estou aqui tocando para 70 mil pessoas” – tem um ritmo que é só dele, um swing que vem do jazz e ao mesmo tempo uma simplicidade que destaca a guitarra de Richards de um jeito bem difícil de explicar. E Keef? O que dizer de Keith Richards? O último pirata do rock n’ roll, o homem que trocou de sangue duas vezes, que cheirou as cinzas do pai. Lendas, claro. Lenda é uma boa palavra aqui. Keith Richards é uma lenda. Um cara que passou a vida estudando o blues de Robert Johnson e Jimmy Reed, o rock de Chuck Berry e Bo Diddley e criou a base do que é a música dos Rolling Stones. Por vezes exótica (tocando a intro de “Paint It Black”); cheia de feeling (tipo “Worried About You”); meio country (lembra de “Honky Tonk Women”? Teve também); e única – ninguém faz (nem consegue fazer) igual.
No meio de toda essa química vale um salve para Ron Wood, um dos caras mais subestimados do rock, mas que complementa o estilo de Richards como ninguém e que teve vários (e bons) momentos no show, com solos certeiros e o sorriso gente boa de sempre.
Entrando na segunda metade do show Richards assumiu a voz em “You Got The Silver” e “Happy”, com sua rouquidão característica e aquela malandragem que só um macaco velho do rock sabe bem como tirar proveito. Em “Midnight Rambler” Jagger voltou animado, mostrou que sua voz vai muito bem obrigado. Pulou, requebrou, tocou guitarra em “Miss You” e continuou variando o guarda-roupa. Eu não contei, mas com certeza ele tem mais camisas de seda do que amigos! E não foi só camisa, não. Quando o palco escureceu e vieram os primeiros acordes de “Sympathy For The Devil” soaram, Mr. Jagger surgiu com uma capa de plumas vermelhas, que não resistiu à sua animação e logo ficou para o chão.
O set fechou com “Jumpin’ Jack Flash” e a plateia vibrando como se fosse a terceira música do show. Como a banda vem fazendo durante toda a turnê pela América do Sul, o bis ficou por conta de “You Can’t Always Get What You Want”, com a companhia do Coral Sampa, um coletivo que reúne vozes de diversos colégios e universidades. Pra fechar veio o riff, o hit que Richards compôs sonhando e transformou tudo pra todo mundo: “(I Can’t Get No) Satisfaction”, que a banda parece tocar como uma forma de gratidão por tudo o que a canção representou para eles nesses mais de 50 anos de carreira.
E aí, depois de tudo isso, sabe qual é a primeira coisa que alguém pensa quando sai de um show dos Rolling Stones? “Aposentar? Duvido”.
No dia 27, Sábado, a banda se apresenta novamente no Morumbi.
Setlist
Start Me Up
It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)
Tumbling Dice
Out of Control
Bitch (escolhida pelo público em enquete online)
Beast of Burden
Worried About You
Paint It Black
Honky Tonk Women (com apresentação da banda)
You Got the Silver (Keith Richards nos vocais)
Happy (Keith Richards nos vocais)
Midnight Rambler
Miss You
Gimme Shelter
Brown Sugar
Sympathy for the Devil
Jumpin’ Jack Flash Bis
You Can’t Always Get What You Want (com o Coral Sampa)
(I Can’t Get No) Satisfaction
ABERTURA do show dos Rolling Stones em São Paulo 24/02/2016
A cantora Céu anunciou na última segunda-feira (22) o lançamento de seu novo álbum.Tropix, produzido porPupilloeHervé Salters, sai oficialmente no dia 25 de Março.
Em sua página no Facebook, ela divulgou a capa do disco e também agradeceu a todos que ajudaram na sua feitoria:
Muito agradecida a todas as pessoas envolvidas diretamente nele, produtores, músicos, artistas, família, amigos, etc, e também as envolvidas indiretamente que são de suma e total importância, e me dão suporte para continuar nessa grande jornada que é a música. Obrigada a vocês!!!
Tropix é o quarto registro de inéditas da artista paulistana. Seus outros trabalhos são CéU (2005),Vagarosa (2009) e Caravana Sereia Bloom (2012). Em 2015 ela lançou um disco e dvd ao vivo.
Demi Lovato lançou na última terça-feira (23) o clipe da faixa “Stone Cold”, terceiro single do discoConfident. O vídeo mostra a artista cantando a balada em dois cenários: uma banheira e uma montanha com neve.
Em entrevista, a cantora comentou que a experiência de gravar o clipe foi muito emocional para ela:
Tenho músicas que escrevi especificamente porque não havia nada lá fora que eu poderia me identificar nesse nível. Eu sabia que outras pessoas também precisavam da canção. Ela vai dar a eles essa voz que precisam ouvir para deixar as coisas no passado e definir como se sentem. Durante as filmagens eu canalizei minha emoção para o vídeo e só me entreguei. E quando ele gritou ‘Corta!’ eu quase não conseguia parar de chorar porque realmente fui a um lugar de apenas deixar sentir.
A apresentação aconteceu no lendário estádio do Maracanã para um público de 66 mil pessoas e,o setlist ficou dessa forma:
Start Me Up
It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)
Tumbling Dice
Out of Control
Like a Rolling Stone (Bob Dylan) (após resultado de enquete online)
Doom and Gloom
Angie
Paint It Black
Honky Tonk Women
You Got the Silver (Keith Richards nos vocais)
Before They Make Me Run (Keith Richards nos vocais)
Midnight Rambler
Miss You
Gimme Shelter
Brown Sugar
Sympathy for the Devil
Jumpin’ Jack Flash Bis:
You Can’t Always Get What You Want (com o Coral da PUC-Rio)
(I Can’t Get No) Satisfaction
Além de uma imensidão de hits, os solos de guitarra e danças de Mick Jagger e companhia, os destaques ficaram para as performances de “Like A Rolling Stone”, de Bob Dylan, eleita pelos fãs através de uma enquete online, e a apresentação no bis de “You Can’t Always Get What You Want”.
Assim como no show de Buenos Aires, que teve um coral local, no Rio de Janeiro a performance contou com a participação do coral da PUC Rio.
Você pode assistir a vídeos do Rolling Stones no Rio de Janeiro logo abaixo.
A turnê da banda britânica pelo Brasil segue com shows em São Paulo nos dias 24 e 27 de Fevereiro e termina em Porto Alegre com show no dia 02 de Março.