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terça-feira, 22 de setembro de 2015

3 FILMES IMPERDÍVEIS DE OUTUBRO DE 2015


Perdido em Marte

Perdido em Marte (The Martian, Ridley Scott, Estados Unidos, 2015)


Matt Damon interpreta um astronauta que, após um acidente, se vê sozinho numa estação espacial em Marte, sem sua equipe nem qualquer comunicação com a Terra. Com suprimentos suficientes para sobreviver por alguns meses, ele precisa usar seus conhecimentos em biologia e engenharia para prolongar sua estadia tempo suficiente para que uma equipe de resgate possa buscá-lo – isso, se ele conseguir avisar a Nasa que ainda está vivo.

Previsão de estreia: 1º de outubro

Damon interpreta um biólogo astronauta chamado Mark Watney, membro de uma equipe que estuda o solo em Marte, formada por Johanssen (Kate Mara), Beck (Sebastian Stan), Martinez (Michael Peña), Vogel (Aksel Hennie) e a comandante Lewis (Jessica Chastain). Durante uma tempestade de areia, o grupo é obrigado a evacuar às pressas, mas Mark é atingido por uma antena e fica desacordado. Sem tempo nem visibilidade para procurá-lo e recebendo sinais de que o traje do parceiro fora perfurado, Lewis autoriza a retirada, deixando-o para trás.

Por uma enorme coincidência, porém, Mark consegue sobreviver e, ao acordar, descobre que está sozinho, com suprimento suficiente para poucos meses e um tempo estimado até o resgate de quatro anos. Isso, se ele conseguir se comunicar com a Nasa.



A ironia da situação é explorada com um humor inteligente na primeira parte do filme. Mark, afinal, é uma espécie de herói: o primeiro a pisar em quase qualquer região de Marte, o primeiro a sobreviver por tanto tempo num planeta distante e o primeiro a fazer isso sozinho. Mas essa glória pode significar sua morte, e ele sabe muito bem disso.

Ainda nessa primeira parte, Scott faz uma ode à ciência. “Let’s science the shit out of this”, propõe Mark, o que significa que ele terá que usar seus conhecimentos científicos para sobreviver. Primeiro, ele desenvolve uma plantação de batatas do zero, adaptando uma estufa num dos ambientes da estação – e isso inclui “fazer água” a partir de processos químicos. Depois, adapta o trator para alcançar distâncias muito maiores e descobre uma forma (muito bem sacada) de se comunicar com a Terra.

Para o espectador leigo, as primeiras perguntas começam a aparecer por aí: Mark precisa viajar porque o local de pouso para a próxima missão fica a mais de 3 mil km dali – isso faria sentido se ele não conseguisse contatar a Nasa (a outra nave viria de qualquer forma), mas, caso contrário, o resgate não iria até a base dele? Por quê?



Questões como essa surgem às dúzias, especialmente na segunda parte, quando a Nasa começa a avaliar suas opções e enviar instruções para o “marciano”. Em nossas humildes poltronas, sentimos que sabemos muito pouco para compreender todas as decisões tomadas pelos personagens – lembrando que a ciência, para uma ficção científica, é muito mais uma questão de convencimento do que de explicação propriamente dita.

“Perdido em Marte” aproveita o embalo de sucessos espaciais como “Gravidade” e “Interestelar”, mas erra em dois pontos que seus antecessores acertaram: apresenta uma ciência pouco clara para o espectador (talvez um problema da adaptação) e não explora suficientemente o lado humano da situação.

O segundo ponto é, provavelmente, o mais importante. Damon segura bem o papel do astronauta solitário, mas suas expressões não transmitem o grau de desespero, medo, raiva, fome ou até loucura que poderiam/deveriam aparecer em algum momento num homem isolado por mais de um ano num planeta deserto. Além disso, quase nenhuma menção é feita sobre quem estaria esperando por ele na Terra.

O filme tem um elenco coadjuvante de dar inveja – além dos astronautas, Chiwetel Ejiofor, Kristen Wiig, Mackenzie Davis, Donald Glover, Jeff Daniels e Sean Bean (dono da melhor piada interna em todo o filme) garantem um núcleo terrestre tão forte quanto o espacial. Infelizmente, todo esse talento é pouco aproveitado: falta emoção, falta conflito. Nem parece que o resgate de um único homem pode envolver riscos, milhões de dólares e dilemas morais, políticos e até espirituais. Por mais que alguns diálogos tentem dar conta dessa complexidade, tudo é fácil demais. Todos são corretos demais.

O filme chega aos cinemas no dia 1º de outubro, com cópias em 3D (o que não é tão necessário, mas também não incomoda), e é uma opção interessante para fãs de sci-fi. Para quem procura uma experiência mais intensa, porém, para sair com olhos marejados ou ir para o bar discutir teorias com os amigos, este talvez não seja o filme ideal. Vá para se divertir.




Peter Pan


Peter Pan (Pan, Joe Wright, Estados Unidos, 2015)




Antes de se tornar Peter Pan, Peter é um garoto órfão que, durante um ataque de piratas, é levado à Terra do Nunca. Lá, ele conhece Gancho, que também ainda não se tornou capitão, e descobre a verdade sobre sua origem e seu destino.

Previsão de estreia: 8 de outubro

Sr. Holmes


Sr. Holmes (Mr. Holmes, Bill Condon, Estados Unidos, Reino Unido, 2015)


Ian McKellen vive Sherlock Holmes, já idoso e aposentado. Enquanto vasculha suas recordações, o ex-detetive decide desenterrar um caso não-resolvido e procurar respostas.

Previsão de estreia: 15 de outubro



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