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sábado, 19 de setembro de 2015

Três perguntas a Roberto Medina (criador do Rock in Rio)







Ontem antes do inicio da grande jornada (Rock in Rio) deste bem sucedido empresário, Roberto Medina, através de video conferência, com participação de vários meios de comunicações, blogueiros, jornais, revistas, sites de musicas e foram feitas três perguntas, de comum acordo com os repórteres, com a preocupação financeira para realização do próximo Rock in Rio, caso a situação do país continue a mesma, dolar alto e a economia desordenada, sobre os grupos de rock que irão se apresentar e a desrocktização do evento.



A variação do dólar foi o grande desafio para montar o line-up do Rock in Rio 30 Anos?


Desde 1991, faço hedge, operação bancária em que você compra moeda internacional com antecedência. Como comprei o dólar há um ano e meio, não mudou nada. Mas esse impacto será maior nos próximos eventos. O principal impacto do dólar estárá na contratação dos artistas, mas o Rock in Rio não se extinguirá no Brasil.

O grande desafio nesses 30 anos foi trazer de volta, de forma repaginada, a história que fizemos ao longo das décadas. A abertura, com 16 bandas reunidas interpretando os grandes hits desse período, vai ficar muito bonita. Tem também a volta do Queen, a grande atração da primeira noite do Rock in Rio (600 mil dólares de cachê). Acredito que Adam Lambert, que está no lugar de Fred Mercury, vai incendiar a plateia. A abertura do festival estará à altura da história que construímos.

Você conseguiu reunir 16 grupos que fazem parte da história da música brasileira na abertura do festival. Ainda sente falta de alguém?


À exceção dos que morreram, insubstituíveis, estão praticamente todos. Mas o grande intérprete do primeiro Rock in Rio não foram os artistas, foi o público. Nós fomos o primeiro evento no mundo que iluminou plateia. Uma ideia, na época, rejeitada pelas bandas e pelo diretor de produção. Ninguém aceitou. Mas, no peito, abri a luz com o iluminador e todos adoraram.

Esse não foi o único desafio que enfrentei na primeira edição do festival. Dom Eugênio Salles (arcebispo do Rio de Janeiro) disse à imprensa que era um absurdo um evento para 1 milhão de pessoas. Lembro-me de que me reuni com os bispos, nas Laranjeiras, para apresentar meus argumentos para a realização do evento.

Houve também uma história de que, segundo uma profecia de Nostradamus, o mundo acabaria no primeiro dia do Rock in Rio. Kadu Moliterno, o apresentador daquela edição, me contou que, assustado com a história, abandonou o palco quando ouviu um estouro, que nada mais era que um curto-circuito. Ele pegou a moto e foi embora para casa. Só quando percebeu que o mundo não havia acabado voltou, depois de pular a apresentação de um show. Se eu me encontrasse com o Roberto Medina de 30 anos atrás, diria a ele: “Pô! Tu é muito maluco cara”.

Muita gente critica o line-up do festival por não reunir apenas bandas de rock...


Mas o Rock in Rio nunca foi um festival só de rock. Na primeira edição, por exemplo, houve jazz, new wave. Hoje, comparado às edições anteriores, ele está mais roqueiro do que nunca. Este ano teremos, por exemplo, três noites de rock.


Correspondente Feysom no Rock in Rio: Allan Tedesco 

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