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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ESPETÁCULOS ELIS REGINA EM PORTO ALEGRE EM OUTUBRO





Vista por 200 mil espectadores, a aguardada megaprodução "Elis, a Musical' terá sessões em Porto Alegre de 10 a 12 de outubro


Espetáculo sobre Elis Regina chega a Porto Alegre em outubro Caio Gallucci/Divulgação



          
O título de maior cantora do Brasil jamais pesou para Elis Regina (1945 – 1982). Isso fica claro em Elis, a Musical, que chega a Porto Alegre em outubro. Mas a megaprodução com direção de Denis Carvalho e texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade também mostra que a pequena notável da Vila do IAPI precisou de mais do que a voz privilegiada e a personalidade forte para ganhar o mundo.Elis, a Musical é sobre quanta gente atuou para que Elis, a cantora, existisse.

Lançado no final do ano passado no Rio de Janeiro, o espetáculo encerrou no final de semana uma temporada de quatro meses em São Paulo – em uma sessão para mais de 13 mil pessoas no Espaço das Américas. Segundo a produtora Aventura Entretenimento, cerca de 200 mil pessoas já assistiram ao musical.
Com 19 atores que cantam e dançam em cena, o espetáculo segue ordem cronológica e narra desde os primeiros passos de Elis como prodígio do rádio em Porto Alegre até o estrelato internacional, passando pelos turbulentos relacionamentos amorosos e as parcerias de sucesso. Intérprete de Elis, a atriz baiana Laila Garin está presente durante quase todas as três horas de espetáculo, trocando de figurino – e penteado – para dar vida às diferentes fases da cantora. O cenário também se modifica para representar locais importantes para Elis, como a Rádio Farroupilha, na Capital, o Beco das Garrafas (local de seu debut nos palcos cariocas), as casas onde viveu com Ronaldo Bôscoli (Tuca Andrada) e, depois, com Cesar Camargo Mariano (Claudio Lins) e o estúdio daTV Cultura, onde gravou sua última entrevista, em 1982.

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Os números musicais trazem as principais canções de Elis, interpretadas com vitalidade e emoção por Laila, às vezes a capela, às vezes acompanhada de banda e de outros atores. As canções marcam o período em que se passa cada cena e destacam a relação de Elis com seus compositores. Arrastão, que venceu o 1º Festival Nacional da Música Popular Brasileira, em 1965, sinaliza o início da parceria com Edu Lobo e Vinicius de Moraes. O pot-pourri com Nada Será como Antes, Canção da América, Fé Cega, Faca Amolada, Paula e Bebeto e Maria, Maria homenageia o amigo Milton Nascimento e revela Elis como a voz que lançou grandes nomes da MPB. 

Não faltam momentos hilários e doces – como as cenas com Jair Rodrigues, parceiro do programa O Fino da Bossa, e Tom Jobim, com quem Elis gravou a célebre Águas de Março – nem de alta carga emocional, como a briga e a reconciliação com o quadrinista Henfil.

Um dos trunfos de Elis, a Musical é não tentar reproduzir tal e qual a performance da cantora no palco. Laila Garin ressalta que o objetivo nunca foi o de fazer um cover.

– Elis vai além da música. É a figura que se posicionou em um meio dominado por homens, a voz política durante um período complicado – afirma Laila, que diz estar ansiosa pela estreia na cidade natal de Elis. – Não havia falsidade na Elis, então não pode haver falsidade da minha parte.

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